Não se fala em outra coisa no Congresso Nacional. Todos imaginam e fazem palpites sobre o resultado da votação do impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Há até um bolão de R$ 100 que circula entre os parlamentares. Quem vencer o placar do sim e do não ao impeachment leva o prêmio.

No domingo, o Brasil vai parar para assistir a votação que tem início à tarde, depois de horas e horas de debates que começam nesta sexta-feira e se estendem no sábado.

Nos corredores da Câmara, a oposição e parlamentares da base que se rebelaram não cansam de dizer que o governo petista já acabou. De outro lado, os fiéis ainda encontram forças para bradar contra o “golpe” e garantir que a presidente “não cometeu crime”.

O que se percebe é que as últimas cartadas em torno de votos estão sendo dadas de lado a lado, podendo provocar alguma mudança pontual até fim de semana. Mas até esta quinta a grande maioria dos votos já estará decidido.

O esperneio é visível no Palácio do Planalto. Sofre por conta de uma série de erros cometidos ao longo do tempo. Nunca fez mea culpa e tratou aliados como adversários. O resultado é esse, abandono geral.

Para a população, a conversa miúda da política pouco interessa. O que vale é o bolso, o custo de vida, o emprego e as oportunidades de negócio. E nestas áreas, os indicadores são péssimos. Ontem, por exemplo, ficamos sabendo que 60 milhões de consumidores estão inadimplentes.

Para piorar, as contas dos governos estaduais e municipais e a União estão no limbo. Definitivamente, o futuro não é nada otimista.