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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 04/04/2016 09h39

    Escandaloso caso da Mossak Fonseca que pega brasileiros

    Cunha e a Lava Jato na lista das irregularidades

    Reprodução do Publico

    No domingo (03) um escândalo monumental de tamanho planetário foi revelado. Pelo que se sabe até agora, são mais de 200 mil empresas fictícias que agora começam a ser conhecidas.

    No centro desse furacão que pega gente de todo o mundo, especialmente Putin, o todo-poderoso da Rússia, está a empresa Mossak Fonseca. Na lista de suspeitos estão brasileiros, entre os quais, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, do PMDB do Rio de Janeiro.

    De quebra, envolve personagens do escândalo bilionário revelado pela Operação Lava Jato e que tem como financiadora a Petrobras. De acordo com o jornal português Público, as operações da Mossak Fonseca  só começaram a ser investigadas no Brasil em Janeiro deste ano (na Alemanha, aconteceu na mesma época).

    Os procuradores brasileiros qualificam a empresa como uma “grande branqueadora de capitais”.

    No Brasil, os documentos – com uma quantidade massiva de informação (2,6 terabytes) de um longo período de tempo, que vai dos anos 1970 até agora – foram analisados pelo portal UOL, o jornal O Estado de São Paulo e a Rede TV, que identificaram pelo menos 107 empresas offshore ligadas a personagens citadas na Lava-Jato. Estas empresas não são, todavia, referidas no megaprocesso gerido pelo juiz Sérgio Moro.

    Há pelo menos seis grandes empresas e famílias envolvidas na Lava-Jato que negociaram com a Mossack Fonseca: a construtora Odebrecht e as famílias Mendes Júnior, Schahin, Queiroz Galvão, Feffer (grupo Suzano) e Walter Faria (grupo Petrópolis).

    A Mossack Fonseca, que de acordo com o jornal The Guardian é a quarta maior no ramo de criação de empresas em territórios offshore, já forneceu uma longa resposta em sua defesa. Entre outros aspectos, defende que não permitiu e desconhece o uso de empresas suas por pessoas “com alguma ligação à Coreia do Norte, Zimbabwe, Síria, e outros países” mencionados pelos mídia envolvidos na divulgação dos dados.

    Muita água suja vai correr embaixo dessa ponte.

    E como diz o português Rui Tavares, em seu artigo “Os papeis do Panamá”, essas revelações são apenas o prelúdio a que encaremos de frente que a globalização está enferma e que precisa de ser radicalmente democratizada — o que não acontecerá sem um outro entendimento da soberania, tema de uma futura crónica.


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