A situação está cada vez pior. A política brasileira desceu pelo ralo, com mentiras e respostas cada vez mais longe da realidade. No meio do caminho, a população acaba sendo manipulada por um ou outro grupo com escaramuças que ameaçam a unidade do país.

O juiz Sérgio Moro divulgou conversas que apimentaram ainda mais os ânimos. Aqui abre-se um parêntese -  as manifestações que aconteciam na frente do Palácio do Planalto foram chamadas antes da divulgação da gravação entre Lula e a presidente Dilma Rousseff.

E é preciso dizer que Sérgio Moro não cometeu crime ao divulga-las "se" a nomeação de Lula para a Casa Civil não estivesse publicada na edição extra eletrônica no Diário Oficial da União.

Uma coisa é a Imprensa divulgar que o ex-presidente aceitou o “convite”. Outra é sua formalização como recomenda a legislação brasileira. Mesmo se houve a diferença de um minuto entre uma coisa e outra, mesmo assim, Moro não comete ilegalidade.

A questão que fica para ser discutida são as falas divulgada da presidente e dos ministros. Mas, ressalte-se, nenhum ministro e tão pouco a Dilma estavam sendo grampeados pela Polícia Federal por ordem judicial, mas sim um celular que pertence a um assessor de Lula (que não tem celular). Ele próprio já sabia que estava sendo monitorado, segundo a sua própria suspeita anotada na gravação.

Agora, não resta dúvidas que as gravações ampliaram a insatisfação entre os insatisfeitos. E as afirmações de Lula de que os Poderes estão “acovardados” e seus chefes “fodidos”, mostra como caímos no baixo nível. E pergunto: acovardados com o quê e diante de quê?

Os manifestantes foram às ruas. Nesta quinta as bandeiras vermelhas também fazem suas apresentações. Não é difícil imaginar que, para amanhã, muitas emoções devam ser protagonizadas por conta da convocação dos aliados do governo, que querem defender primeiro Lula, depois a presidente - que, no meu entender, não manda mais nada.

O fato é que a situação política é grave. Piorada pela contaminação de políticos em todos os partidos que se lambuzam na roubalheira do nosso dinheiro.