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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 10/02/2016 14h08

    O outro lado da Polícia Federal

    Excessos e privilégios campeiam a administração pública

    Desde o início da semana circula uma extensa carta de agentes de Polícia Federal. Mais do que chamar a atenção para o desperdício do dinheiro público, o documento aborda a delicada questão da ditadura dos delegados.

    Na PF não se faz nada se não tiver uma assinatura de um delegado. Os senhores, os mandantes.

    A corporação que caiu no gosto popular precisa ser modernizada em sua gestão. Curso de direito e nem concurso público prova a capacidade administrativa de ninguém.

    O bacharelado em Direito deveria ser uma das habilitações a ser aceita para a incorporação na instituição, assim como acontece para as demais atividades em certames de acesso. O plano de carreira deveria prever o acesso às chefias e comando não apenas para quem detém o diploma jurídico. A inteligência e a capacidade profissional também são encontradas em outras profissões. 

    A atual aprovação popular que experimenta a PF certamente não ocorre pelo simples ou complexo trabalho de um delegado, mas é o resultado de uma equipe de investigadores, de gente de apoio e de cientistas da área técnica.

    A carta apresentada pelos agentes apresenta uma polícia com sérias deficiências, inclusive com o pecado original do gasto público descontrolado e o desperdício desmedido.

    O documento dos agentes tenta mostrar uma organização que precisa ser urgentemente reavaliada, assim como todo o serviço público. Excessos e privilégios que campeiam a administração mantida com o dinheiro de todos. É preciso atacar as castas e o corporativismo pegajoso.

    A face lenhosa da política é um detalhe neste complexo país onde, quase sempre, a preguiça, a esperteza e a corrupção são premiadas.


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