Pensei que neste período de recesso dos parlamentares e do Judiciário, o noticiário seria esfriado pela ausência dos protagonistas políticos em Brasília. Me enganei. E como foi no ano passado, os reflexos da Operação Lava Jato deram o tom nesta primeira quinzena de janeiro.

O ano começou com destaque para as supostas relações diretas de Lula da Silva com as falcatruas apontadas pelas investigações. E também o eventual envolvimento da presidente Dilma.

Por conta de delações balizadas em gabinetes judiciais, o rastro de corrupção também teria chegado ao ninho tucano.

Ai estão três ingredientes de altíssima combustão para 2016, que reserva no calendário político as eleições municipais. Candidatos a vereador e a prefeito já em campanha eleitoral devem encontrar um cenário diferente até outubro.

É o que se imagina nestes primeiros dias.

A exemplo do ano passado, fica muito difícil fazer qualquer previsão sobre os rumos do país. O cenário mais uma vez vai depender da economia que passa por uma crise histórica.

Os governos estaduais e as prefeituras estão com o pires na mão. Mas muito poucos estão cortando os gastos na carne. A maioria acha mais fácil o contribuinte pagar a conta e assuma o ônus da incompetência, da roubalheira e da má gestão.

As mudanças ministeriais na área econômica, por enquanto, ainda não mostraram a cara. Os titulares dos ministérios da Fazenda e  do Planejamento continuam com o mesmo passo. Ou seja, estacionados.

Como o Carnaval está bem pertinho, vamos pra farra porque ninguém é de ferro.