• Cadastre-se
  • Equipe
  • Contato Brasil, 20 de abril de 2025 16:54:44
Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 07/12/2015 10h01

    O primeiro encontro com Marília Pera

    Segurei o gravador como se fosse um touro bravo

    Atriz Marília Pêra

    A atriz Marília Pêra faleceu na semana passada. Talento de sobra, fez sucesso no teatro e na televisão.

    Tinha também uma grande sensibilidade para as coisas reais. Fui uma testemunha.

    Quando comecei a engatinhar pelo mundo do Jornalismo, recebi uma missão que nunca esqueci. Gostava dessa “coisa” da notícia.

    Pouco sabia sobre o assunto. Entrei pela porta como rádio escuta, função hoje que não existe mais nas emissoras de rádio.

    Tinha algo em torno de 16 anos e nessa confusão do jornalismo diário tinha que entrevistar a Marília. Nunca tinha empunhado um gravador e muito menos feito qualquer coisa que se parecesse como uma entrevista.

    A pauta foi genérica. “Vai lá entrevistar a mulher”. De apoio só duas linhas numa folha. Fui recebido por ela no apartamento do hotel.

    Percebeu minha falta de habilidade e o nervosismo sem limites. Segurava o gravador do tamanho da caixa de sapato como se fosse um touro bravo.

    Tudo para disfarçar a tremedeira. Fiz duas ou três perguntas. E ela, famosa, me agradeceu no final.

    Sai aliviado com a pauta cumprida. Não era para menos. Minha primeira entrevista foi com um monumento da cultura brasileira.

    Obrigado, Marília.


Vídeos
publicidade