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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 16/10/2015 09h44

    O golpe de esconder documentos oficiais

    Manobras que tiram o direito de conhecer a verdade

    Virou moda decretar sigilo de quaisquer documentos dos governos. Em São Paulo, o governador Alkcmin decidiu há alguns dias “preservar” uma série deles.

    Em Brasília, até as contas de Lula da Silva não podem ser acessadas pelo cidadão que paga o mais alto tributo do mundo. Agora, quase tudo é sigilo em nome da preservação do Estado brasileiro.

    Até o prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, revolveu fechar o acesso a imagens das câmeras da Guarda Civil Metropolitana. O carimbo de “reservado” só pode ser quebrado daqui a cinco anos.

    Em tempos onde a desconfiança é grande com os gestores públicos, esse tipo de atitude só faz aumentar o descrédito nas instituições. Há na contramão da abertura e consolidação democrática um movimento para esconder fatos, documentos, gastos e decisões.

    A sociedade está cada vez mais distante em conhecer como funciona as administrações públicos e os atos de seus governantes. Devagarzinho vai se ampliando a proibição de acessos a documentos que podem ajudar a compreender melhor o Estado brasileiro.

    Sob a rubrica de “reservado”, “secreto”, “sigiloso” ou  “ultra-secreto”, papeis são escondidos por anos e décadas. A maioria dessas decisões tem um único objetivo: preservar atitudes e ações dos governantes, boa parte preparada na escola da hipocrisia e da roubalheira.

    Fazem o discurso da democracia, mas nos gabinetes escondem a necessária transparência dos atos. Isso também é golpe. Golpe contra o povo brasileiro.


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