A presidente Dilma pode até ter seus motivos para ficar longe do público e de vaias prováveis (por conta da baixa popularidade), mas levantar um tapume no desfile de 7 de Setembro não foi uma boa ideia.

Erguer obstáculos de dois metros, já apelidados de “muro da vergonha”, foi mais um tiro no pé na imagem da presidente. Alguém poderia ter sugerido trocar a presença no palanque das autoridades, em Brasília, pelo tradicional pronunciamento do Dia da Independência na rede nacional de rádios e televisões.

A presidente e sua equipe estão encurralados. Não há forças para propor saídas criativas e concretas para a crise econômica e política. Na contramão, as contas públicas estão negativas e os impostos não cobrem uma máquina esfomeada.

Os dias e meses se passam e não se vê movimentação para estancar a sangria de recursos públicas. Na direção de mais cobranças de impostos, a conversa já é outra.

Nesta semana, por exemplo, surgiu a ideia de reajustes o IOF e a Cide por decreto. Assim, não haveria necessidade da aprovação do Congresso.

A falta de conversa ainda vai dar pano pra manga.