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Misto Brasília - Por Gilmar Correa
  • 30/07/2015 10h51

    Quanto vale um leão para a humanidade?

    Gente vale mais que bicho, ou bicho vale mais que gente.

    Leão Cecil/divulgação

    Fico aqui com os meus botões: como um leão pode mobilizar milhares de pessoas? E como milhares de pessoas expulsas de suas casas não sensibilizam?

    São as perguntas que nos incomodam. Gente vale mais que bicho, ou bicho vale mais que gente.

    Não sou contra leão e nem a favor de genocídios ou coisa parecida. Mas cá entre nós, um leão não deveria ter o peso e a importância se comparado com o que acontece com a humanidade.

    Cada um com o seu quadrado. Falo da repercussão.

    O que levaria as pessoas a potencializar uma caçada ilegal? A figura majestosa do leão com sua juba, ou o tiro certeiro de um dentista acostumado a caçadas e a polêmicas com ambientalistas?

    E porque a humanidade não tem a mesma sensibilidade com a própria humanidade?

    Difícil de responder, não é mesmo, porque o direito à vida tornou-se banal, fútil. E atos bizarros ganham tempo e espaço nas redes sociais e nas mídias.

    Um leão na África - abatido pelo prazer do troféu – provocou clamor mundial. No Brasil, a repercussão foi infinitamente superior a um provável desaparecimento (falei: de-sa-pa-re-ci-men-to) de várias espécies que vivem no território brasileiro.

    O Cecil africano morreu. Ficou a indignação. Já as mazelas, a violência, o racismo, para citar alguns pecados, continuam. 


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