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- Contato Brasil, 21 de abril de 2025 13:38:57
Os tucanos parecem ter feito as pazes com o passado. Na convenção nacional de domingo, que reconduziu o senador Aécio Neves à presidência do partido, os discursos das lideranças reconheceram Fernando Henrique Cardoso “como o maior presidente do Brasil”.
Esse novo posicionamento se confronta com a defesa acanhada, quase inexpressiva da agremiação nas eleições passadas. Na última delas, em 2010, é preciso reconhecer, a história de FHC no Palácio do Planalto por dois mandatos teve um papel mais significativo nos programas eleitorais.
Outro indicativo de um novo posicionamento dos tucanos é do enfrentamento das questões nacionais. O partido quer ser protagonista nesta crise. Eles apostam que a administração Dilma não chega até janeiro de 2019.
Nos discursos não se falou em impeachment, mas numa oposição bem mais crítica e não se poupou ataques ao “Lula-petismo”. E às práticas corruptas que, segundo a Polícia Federal, pode ultrapassar a R$ 21 bilhões somente na Petrobras.
Se depender do que foi dito na convenção tucana, o PT terá muita dificuldade.
Na outra ponta, o PMDB também pensa seriamente em 2018. E, mais uma vez, se as promessas forem levadas à cabo, restarão poucas alternativas de governabilidade para Dilma no campo político.
O que pode salvá-la é se a economia voltar aos eixos e acalmar o bolso de milhares de brasileiros.