A semana fecha com um barulho danado sobre a maioridade penal. O caso pode terminar no Supremo sob o argumento de que a segunda tentativa que aprovou a redução para 16 anos fere a Constituição.  

Situação de votação semelhante foi analisada pela Corte na década de 1990 e não se concluiu pela inconstitucionalidade. Será que os novos ministros do STF pensam diferente?

O debate também continua quente na órbita da Operação Lava Jato, que chegou bem mais perto do ex-ministro José Dirceu. Precavido, busca da Justiça um salvo conduto para evitar uma nova prisão.

Conta-se à boca pequena que a grande liderança do PT estaria só pele e osso. A pressão por conta do novo escândalo teria tirado Zé Dirceu do sério. Ele cumpre prisão domiciliar pela condenação no mensalão, mas continua operando nos bastidores.

No campo político persiste o embate entre o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, os petistas e o Palácio do Planalto. E até Michel Temer estaria na iminência de pular do barco da coordenação política.

E quem já não aguenta mais a pressão dos companheiros é o ministro da Justiça Eduardo Cardoso. O professor de Direito Constitucional é acusado de cruzar os braços e deixar a Polícia Federal por conta nas investigações da Lava Jato.

A saída dele poderia provocar mais estragos que a sua permanência. A luz amarela está acesa.

Dilma também não anda nada bem. Sua popularidade está no "volume morto", como disse Lula. E o respeito ao cargo de presidente cai na mesma velocidade. Na sua viagem aos Estados Unidos, a presidente foi xingada aos berros.

O final de semana será de descanso para alguns, mas já se sabe que a mídia vem com novidades.

Os próximos dias da semana que se avizinha não serão, certamente, de tédio. Até o recesso parlamentar no Congresso, previsto para o dia 17, muita água vai correr embaixo da ponte.