Os senadores de diferentes agremiações partidárias saíram há pouco de uma reunião. Em pauta a questão da reforma política, que ainda patina na Câmara dos Deputados.

Para a Imprensa, garantiram que essa reforma, no Senado, deve ter um tratamento mais aprofundado. É a mesma ladainha dos parlamentares da Câmara Baixa. No calor da votação, vimos que o rato rugiu.

O relator Romero Jucá, do PMDB de Roraima, faz o seguro ao afirmar que “algumas” questões votadas pelos deputados serão mantidas. Outras, nem tanto. Não foi preciso no detalhamento.

Noutro canto, o senador Cássio Cunha Lima, do PSDB da Paraíba, reclamou em dado momento do “custo proibitivo” das campanhas. Será que se referia ao financiamento público e sobre o dinheiro privado, ambas as modalidades mantidas pelos deputados?

Gasta-se muito papel e lábia com essa reforma, mas há poucos avanços. Muito poucos para as promessas que fizeram os parlamentares nesta legislatura. Não há, como já dissemos, vontade em mudar, em radicalizar.

Em recente pesquisa divulgada pela Folha, a maioria dos eleitores é a favor do fim do voto obrigatório. E também pelo fim da reeleição.

No primeiro quesito, a Câmara manteve. No segundo, optou pelo fim do instituto.

Vamos ver o comportamento agora dos senadores.