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- Contato Brasil, 04 de dezembro de 2024 16:31:11
O deputado José Nelto (PP-GO) parabenizou nesta terça-feira, 14 de fevereiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em pautar e defender que o Banco Central do Brasil (Bacen) reduza a taxa de juros básica do país, a Selic, atualmente em 13,5%. “O presidente Lula chamou o debate na hora certa”, falou ao participar e discursar durante o lançamento da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos ocorrido no Salão Verde da Câmara dos Deputados promovido pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ).
Ex-bolsonarista e ex-Podemos, atualmente vice-líder do PP do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), Nelto - que trocou várias farpas com parlamentares do PT nos últimos quatro anos durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) - destacou que também foi um ferrenho crítico da política de juros aplicada pelo ex-ministro da Economia, Paulo Guedes. Para ele, o debate proposto por Lula e, agora, pelo PT em torno da necessidade de se baixar os juros no país, além de acertando, deve também guiar a necessidade do Brasil abrir o sistema bancário para que diversas instituições financeiras internacionais operem no território brasileiro.
“Esse é um grande debate! Ninguém aqui é contra o Banco Central, mas é preciso que haja transparência. Por que o Brasil é o campeão de juros altos do planeta. A taxa de juros do cheque especial é a mais alta do planeta. A taxa de juros do cartão de crédito é a mais alta. E aí, nós fazemos um questionamento, senhores parlamentares, e eu posso falar a vontade porque nos quatro anos do meu mandato passado eu combati as altas taxas de juros dos banqueiros, a política econômica do ministro Paulo Guedes, e vou aqui fazer uma reflexão: o Brasil hoje está cartelizado. Nós temos aqui cinco instituições bancárias, que detém 85% dos depósitos”, disparou.
“O Citibank foi embora do Brasil. O Banco de Boston foi embora do Brasil. Por quê? Por que há um cartel. Então é preciso abrir a economia, quebrar este cartel dos bancos brasileiros para que os bancos internacionais, começando do Japão, aos Estados Unidos, da China venham para o Brasil para o bem da concorrência da padaria, do mercado, da farmácia, que hoje não temos. É importante comparecer neste parlamento da Casa do Povo e mostrar como é feito a taxa selic”, complementou.
“E mais ainda, neste debate, eu estou propondo que venham o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Simone Tebet [ministra do Planejamento]. Ninguém é contra Campos Netto [presidente do Bacen]. O que nós queremos é a verdade. O povo brasileiro paga os juros mais caros. E o que é mais grave para apenas cinco instituições.Seria um grande momento deste debate a quebra de monopólio dos bancos para que bancos internacionais venham para o Brasil concorrer. Juros baixos já. Vamos aquecer a nossa economia”, finalizou.
Oradores
Nelto foi o único parlamentar fora das legendas de esquerda (PT, PCdoB, PSOL) que participou e discursou em favor da criação da Frente Parlamentar Contra os Juros Abusivos, que até o início da noite desta terça já possuía a adesão de 60 deputados. Os outros parlamentares que falaram foram: Gleise Hoffman (PT-PR), André Janones (Avante-MG), Jandira Feghali (PCdo-RJ), Guilherme Boulos (PSOL-SP), Paulo Guedes (PT-MG), Renildo Calheiros (PCdoB-PE), Fernando Mineiro (PT-RN), Daiana Santos (PCdoB-RS), Alexandre Lindenmeyer (PT-RS), Rogério Correia (PT-MG), Fernanda Melchiona (PSOL-RS) e Sâmia Bonfim (PSOL-SP).