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  • Contato Brasil, 04 de dezembro de 2024 16:48:58
Humberto Azevedo
  • 03/02/2023 16h24

    Após Aécio Neves criticar tucanos do Senado por apoio ao bolsonarista Rogério Marinho, petistas mineiros ironizam: “mea culpa”, “oportuna” e "penitência"

    Veja o que falaram Odair Cunha, Reginaldo Lopes e Rogério Correia a postura que o ex-presidenciável teve, ao lado de Paulo Abi-Ackel, criticando as declarações de votos que Alessandro Vieira e Izalci Lucas fizeram a favor da candidatura bolsonarista ao Senado

    Após o deputado Aécio Neves (PSDB-MG) criticar a decisão dos tucanos do Senado Federal por apoiarem a candidatura bolsonarista do senador Rogério Marinho (PL-RN) à presidência do Senado Federal, este blog procurou três petistas mineiros para comentar o assunto. E todos eles ironizaram e provocaram o ex-governador, ex-senador e ex-presidenciável mineiro, que em 2014 não reconheceu a derrota para a então reeleita presidenta Dilma Rousseff.

     

    “Talvez [seja] uma tentativa de se fazer mea-culpa e se reposicionar, né?”, falou Reginaldo Lopes (PT-MG), ex-líder da legenda na Câmara em 2022. “Eu vejo que o deputado Aécio Neves, ele, em tempo, neste momento, tem uma visão oportuna para aquilo que a gente deve fazer para que o Brasil volte a crescer com desenvolvimento”, complementou o deputado Odair Cunha (PT-MG), ex-secretário de Governo de Minas Gerais na gestão Fernando Pimentel. “É bom que ele faça a penitência. Embora isso, de forma nenhuma limpe o que ele fez no passado”, completou o deputado Rogério Correia (PT-MG).

     

    As declarações de Aécio criticando os apoios que os senadores Alessandro Vieira (PSDB-SE) e Izalci Lucas (PSDB-DF) fizeram a favor da candidatura bolsonarista de Rogério Marinho ao Senado foram feitas em conjunto ao deputado Paulo Abi-Ackel, presidente do PSDB mineiro. Na terça-feira, 31 de janeiro, em nota, Aécio Neves e Abi-Ackel externaram “sua profunda discordância em relação à posição anunciada pelo líder do partido no Senado, Izalci Lucas, de apoio à candidatura de Rogério Marinho à presidência daquela Casa sem que o assunto tivesse sido discutido de forma mais ampla com o partido”.

     

    Na oportunidade, Aécio e Abi-Ackel afirmaram, ainda, que “essas manifestações [dos senadores tucanos] (...) devem ser compreendidas muito mais como manifestações pessoais do que como posição partidária. (...) Não há razão lógica e muito menos política, para que o PSDB deixe de apoiar a reeleição do senador Rodrigo Pacheco”.

     

    Veja o que mais falaram Odair Cunha, Reginaldo Lopes e Rogério Correia sobre as declarações de Aécio Neves.

     

    “A grande questão é que o senador Rodrigo Pacheco representa muito para o nosso estado de Minas Gerais e, obviamente, o que está por trás da candidatura dele é um equilíbrio, uma harmonia institucional entre os Poderes necessários para o Brasil que nós queremos. Nós precisamos de equilíbrio institucional, harmonia entre os poderes e a [reeleição] do senador Rodrigo Pacheco [ao comando do Congresso Nacional] representou isso”, continuou Odair Cunha.

     

    “Infelizmente, o ex-governador e deputado Aécio Neves cometeu muitos erros e ele acabou disparando o gatilho da extrema-direita no país a partir do momento em que ele pediu para fazer uma verificação nas urnas [ao] questionar o resultado eleitoral de 2014 [onde] ele acabou organizando a extrema-direita, em que chegamos [agora] nesta [permanente] crise econômica e crise política. Então, espero que ele possa ter feito uma autocrítica e se reposicionar a favor dos democratas”, avaliou Reginaldo Lopes.

     

    “O Aécio pode ajoelhar no milho, que não vai ter perdão. Foi muito grave o que ele fez. Agora, é óbvio que uma vitória do bolsonarismo no Senado iria colocar fogo no país, brigar com o Supremo, tentar tirar a milícia, atacar a democracia e impor uma ditadura. Eu acho que até mesmo Aécio Neves é obrigado a reconhecer que esse caminho já era”, finalizou Rogério Correia.


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