31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em leve alta e no Brasil será uma semana de IPCA, PMS, PMC e decisão sobre política monetária

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Por Politica Real com agências
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Mercados em leve alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 08/12/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão emleve alta e no Brasíl será uma semana de IPCA de novembro, pesquisas mensais do comércio varejista (PMC) e de serviços (PMS) referentes a outubro.

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Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA operam em leve alta (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: +0,2%), após Wall Street registrar a segunda semana consecutiva de ganhos. Na semana passada, o Nasdaq subiu 0,9% e o S&P 500 avançou 0,3%, ficando a apenas 0,7% de sua máxima histórica intradiária. O sentimento foi apoiado pelo PCE de setembro, divulgado com atraso, que veio mais fraco do que o esperado, reforçando apostas de corte de juros no encontro do Federal Reserve (Fed) desta semana. Os futuros precificam cerca de 88% de probabilidade de redução de 25 bps, enquanto investidores monitoram a pesquisa de expectativas do consumidor do Fed de Nova York e uma agenda cheia de balanços, incluindo Lululemon, Costco, Broadcom, Oracle e Adobe.

Na Europa, os mercados iniciam a semana estáveis (Stoxx 600: +0,1%), com investidores à espera da decisão de política monetária do Federal Reserve. Esse movimento deve definir o tom para outras reuniões de fim de ano, incluindo SNB, BoE e BCE. As ações de defesa lideram os ganhos após declarações de representantes dos EUA e da Ucrânia de que um acordo de paz estaria “muito próximo”. No noticiário corporativo, a divisão de sorvetes da Unilever estreia em bolsa, enquanto as ações da matriz caem 4%. Entre os dados, o destaque fica para a produção industrial alemã.

Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,8%; HSI: -1,2%), com investidores avaliando dados de comércio e após as exportações surpreenderem positivamente, crescendo 5,9% em novembro, bem acima da projeção de 3,8%. O Nikkei subiu 0,2%, apesar da revisão do PIB japonês mostrar contração anualizada de 2,3% no 3º trimestre. Na Índia, o Nifty 50 caiu 0,7%, pressionado por queda de mais de 5% da IndiGo após sanções regulatórias devido ao cancelamento de milhares de voos.

IBOVESPA -4,31% | 157.369 Pontos.   CÂMBIO +0,86% | 5,33/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a semana passada em queda de 1,1% em reais e 2,5% em dólares, aos 157.369 pontos.

Entre os destaques negativos da semana estiveram empresas sensíveis aos juros, especialmente do setor de varejo, como C&A (CEAB3 -19,7%), Lojas Renner (LREN3 -11,9%) e Azzas 2154 (AZZA3 -11,4%), refletindo a abertura da curva de juros. 

Por outro lado, empresas de Mineração & Siderurgia, como CSN (CSNA3 +5,6%), Usiminas (USIM5 +4,4%) e Vale (VALE3 +4,2%), subiram, apoiadas por uma alta do preço do minério de ferro (+1,2%).

Renda Fixa

No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com forte abertura ao longo da curva, refletindo a reação do mercado às notícias políticas relacionadas à pré-candidatura de Flávio Bolsonaro, que provocou um forte movimento de venda de ativos domésticos. No entanto, as taxas de juro real apresentaram leve fechamento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 7,56% a.a. (vs.7,69% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,1bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,79% (+20bps); DI jan/29 em 13,2% (+45,5bps); DI jan/31 em 13,45% (+45,5bps); DI jan/35 em 13,57% (+37bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5624% (+6,9bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,138% (+12,38bps).

IFIX

O IFIX avançou 0,27% na semana, impulsionado principalmente pelos fundos de tijolo e pelos FOFs, que registraram altas de 0,45% e 0,38%, respectivamente, diante do fechamento da curva de juros até quinta-feira. Entre as subclasses, destacaram-se as lajes corporativas (+0,85%), que permanecem com o maior desconto em relação ao valor patrimonial entre os fundos de tijolo (página 10). Apesar da alta nos quatro primeiros pregões da semana, a sexta-feira foi marcada por forte volatilidade nos ativos domésticos. O IFIX chegou a subir 0,27% ao longo do dia, mas encerrou a sessão em queda de 0,05%, refletindo a abertura da curva de juros diante de rumores sobre a possível escolha de Flávio Bolsonaro por Jair Bolsonaro como candidato à Presidência em 2026.

Economia

No Japão, o PIB contraiu mais do que o previsto no 3º trimestre de 2025. Apesar da economia mais fraca, o Banco do Japão deve elevar a taxa básica de juros em dezembro, apoiado por inflação acima da meta de 2% há mais de três anos e meio. Na China, a balança comercial registrou superávit de US$ 111,68 bilhões em novembro, acima das expectativas. O crescimento das vendas externas foi sustentado por mercados fora dos EUA.

No Brasil, o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu apoiar o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) como candidato à Presidência em 2026. Flávio confirmou a escolha do pai em suas redes sociais, enquanto lideranças políticas relevantes, como Valdemar Costa Neto, presidente do PL, se posicionaram em apoio à candidatura.

Na agenda internacional desta semana, o destaque será a decisão de juros pelo banco central dos Estados Unidos (Fed). Além disso, será divulgado o relatório JOLTS de outubro, que traz a abertura de postos de trabalho na economia americana. Na China, atenções estarão voltadas aos indicadores de inflação ao produtor e consumidor de novembro.

No Brasil, também haverá decisão de política monetária. Além disso, o IBGE divulgará o IPCA de novembro. Por fim, do lado da atividade econômica, destaque para as pesquisas mensais do comércio varejista (PMC) e de serviços (PMS) referentes a outubro.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)