Produção industrial, em outubro de 2025o, beirou o estável e ficou em 0,1%, caindo comparado com outubro de 2024, informa IBGE
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(Brasília-DF, 02/12/2025) Na manhã desta segunda-feira, 02, o IBGE divulgou a sua PIM Brasil, em que aponta que a a produção industrial nacional em outubro variou 0,1% frente a setembro, na série com ajuste sazonal. Em relação a outubro de 2024, houve recuo de –0,5%. O acumulado no ano foi de 0,8% e o dos últimos 12 meses chegou a 0,9%.
Na passagem de setembro para outubro de 2025, três das quatro grandes categorias econômicas e 12 dos 25 ramos industriais pesquisados mostraram expansão na produção. Entre as atividades, a principal influência positiva foi assinalada por indústrias extrativas, que avançou 3,6% em outubro de 2025, interrompendo, dessa forma, dois meses consecutivos de resultados negativos, período em que acumulou redução de 1,7%.
Vale destacar também as contribuições positivas registradas pelos setores de produtos alimentícios (0,9%), de veículos automotores, reboques e carrocerias (2,0%), de produtos químicos (1,3%), de equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,1%) e de confecção de artigos do vestuário e acessórios (3,8%).
Por outro lado, entre as treze atividades que mostraram recuo na produção, coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-3,9%) e produtos farmoquímicos e farmacêuticos (-10,8%) exerceram os principais impactos na média da indústria, com a primeira intensificando a queda de 0,5% verificada no mês anterior; e a segunda acumulando perda de 19,8% em dois meses consecutivos de recuo na produção, após avançar 28,6% no período maio-agosto de 2025.
Entre as grandes categorias econômicas, ainda na comparação com o mês imediatamente anterior, na série com ajuste sazonal, bens de consumo duráveis, ao avançar 2,7%, assinalou a taxa positiva mais elevada em outubro de 2025 e eliminou o recuo de 1,3% verificado no mês anterior. Os setores produtores de bens de capital (1,0%) e de bens de consumo semi e não duráveis (1,0%) também mostraram avanços nesse mês, com o primeiro acumulando ganho de 1,4% em dois meses seguidos de avanço na produção; e o segundo voltando a crescer após registrar -0,1% no mês anterior, quando interrompeu dois meses consecutivos de taxas positivas, período em que acumulou expansão de 1,3%. Por outro lado, o segmento de bens intermediários (-0,8%) mostrou o único resultado negativo em outubro de 2025 e intensificou a perda de 0,4% verificada em setembro de 2025.
Média móvel trimestral varia 0, 1 % no trimestre encerrado em outubro
Ainda na série com ajuste sazonal, a evolução do índice de média móvel trimestral para o total da indústria mostrou variação positiva de 0,1% no trimestre encerrado em outubro de 2025 frente ao nível do mês anterior, após também avançar em setembro (0,1%) e agosto de 2025 (0,2%), quando interrompeu dois meses consecutivos de queda: julho (-0,2%) e junho (-0,4%) de 2025. Entre as grandes categorias econômicas, ainda em relação ao movimento deste índice na margem, bens de consumo duráveis (0,7%) e bens de consumo semi e não duráveis (0,6%) assinalaram as taxas positivas em outubro de 2025, com a primeira eliminando a perda de 0,1% registrada no mês anterior; e a segunda permanecendo com a trajetória ascendente iniciada em julho de 2025.
Por outro lado, os segmentos de bens intermediários (-0,1%) e de bens de capital (-0,1%) apontaram os resultados negativos nesse mês, com o primeiro interrompendo a trajetória descendente iniciada em março de 2025; e o segundo marcando a sexta queda seguida e acumulando nesse período redução de 2,6%.
Frente a outubro de 2024, produção industrial recua 0,5%
Na comparação com igual mês do ano anterior, o setor industrial mostrou recuo de 0,5% em outubro de 2025, com resultados negativos em 3 das 4 grandes categorias econômicas, 15 dos 25 ramos, 53 dos 80 grupos e 53,0% dos 789 produtos pesquisados. Vale citar que outubro de 2025 (23 dias) teve o mesmo número de dias úteis que igual mês do ano anterior (23).
Acumulado no ano cresce 0,8%
No índice acumulado para janeiro-outubro de 2025, frente a igual período do ano anterior, o setor industrial assinalou avanço de 0,8%, com resultados positivos em duas das quatro grandes categorias econômicas, 14 dos 25 ramos, 43 dos 80 grupos e 51,5% dos 789 produtos pesquisados. Entre as atividades, as principais influências positivas no total da indústria foram registradas por indústrias extrativas (4,7%) e máquinas e equipamentos (6,0%), impulsionadas, principalmente, pela maior produção dos itens óleos brutos de petróleo e gás natural, na primeira; e tratores agrícolas, aparelhos de ar-condicionado de paredes, de janelas ou transportáveis (inclusive os do tipo “split system”), aparelhos elevadores ou transportadores para mercadorias, ferramentas hidráulicas de motor não elétrico de uso manual, máquinas para limpeza e seleção de grãos, máquinas ou aparelhos para o setor agrícola e de pecuária, lingoteiras para fundição, máquinas para colheita e carregadoras-transportadoras, na segunda. Outras contribuições positivas relevantes foram assinaladas pelos ramos de produtos alimentícios (1,0%), de produtos químicos (2,0%), de manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (9,4%), de produtos têxteis (10,3%), de metalurgia (2,3%) e de veículos automotores, reboques e carrocerias (1,6%). Por outro lado, ainda na comparação com janeiro-outubro de 2024, entre as onze atividades que apontaram redução na produção, a de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (-4,9%) exerceu a maior influência na formação da média da indústria, pressionada, principalmente, pela menor produção de álcool etílico.
Entre as grandes categorias econômicas, o perfil dos resultados para os dez meses de 2025 mostrou maior dinamismo para os segmentos de bens de consumo duráveis (3,9%) e de bens intermediários (2,1%), impulsionados, em grande medida, pela maior produção de automóveis (4,6%) e eletrodomésticos da “linha marrom” (5,0%), no primeiro; e de óleos brutos de petróleo, no segundo. Por outro lado, o segmento de bens de consumo semi e não duráveis, ao recuar 2,5%, registrou a queda mais elevada no índice acumulado no ano, pressionado, principalmente, pela redução verificada na produção de álcool etílico. O setor produtor de bens de capital (-0,6%) também assinalou taxa negativa no índice acumulado do período janeiro-outubro de 2025.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)