31 de julho de 2025
ECONOMIA

PRÉVIA DA INFLAÇÃO: IPCA-15 ficou em 0,20% em novembro, informa IBGE; mercado previa um pouco menos

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Por Política Real com assessoria
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Tabela do IPCa-15 de novembro Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 26/11/2025)  Na manhã desta quarta-feira, 26, o IBGE divulgou a chamada “Prévia da Inflação” de novembro, o IPCA-15( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ) que  foi de 0,20% em novembro e ficou 0,02 ponto percentual (p.p.) acima do resultado de outubro (0,18%).   O mercado estimava uma estabilidade em 0,18%.

No ano, o IPCA-15 acumula alta de 4,15% e, nos últimos 12 meses, de 4,50%, abaixo dos 4,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores. Em novembro de 2024, a taxa foi de 0,62%.

Dos nove grupos de produtos e serviços pesquisados, sete tiveram alta em novembro. A maior variação e o maior impacto positivo vieram de Despesas pessoais (0,85% e 0,09 p.p.), seguido de Saúde e Cuidados Pessoais (0,29%) e Transportes (0,22%), ambos com o segundo maior impacto no índice geral (0,04 p.p.). As demais variações ficaram entre o recuo de 0,20% de Artigos de residência e o aumento de 0,19% em Vestuário.

No grupo Despesas pessoais (0,85%), o resultado foi influenciado, principalmente, pelas altas na hospedagem (4,18%) e no pacote turístico (3,90%).

Em Saúde e cuidados pessoais (0,29%), o destaque foi o plano de saúde (0,50%).

No resultado do grupo dos Transportes (0,22%), destacam-se o subitem passagens aéreas , que subiu 11,87% e teve o maior impacto individual no índice do mês (0,08 p.p.), além da queda de 0,46% nos combustíveis . À exceção do gás veicular , que aumentou 0,20%, os demais apresentaram reduções nos preços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e óleo diesel (-0,07%).

Ainda em Transportes , a variação de 0,13% no ônibus urbano considera a gratuidade concedida aos domingos e feriados em Belém (-5,84%) e, em Brasília (9,03%), verifica-se o reflexo das gratuidades concedidas em outubro. No metrô (-1,30%), ocorre o mesmo movimento em Brasília (9,03%). Em São Paulo , a queda de 3,27% no metrô , também registrada no trem (-1,77%), além dos -2,16% no subitem integração transporte público , consideram a liberação do pagamento de passagem no dia de realização da prova do ENEM (09/11).

Após cinco meses de queda, Alimentação e bebidas , grupo de maior peso no índice, variou 0,09%. A alimentação no domicílio permanece no campo negativo com queda de 0,15%, após recuar 0,10% no mês anterior. Contribuíram para esse resultado os recuos do leite longa vida (-3,29%), do arroz (-3,10%) e das frutas (-1,60%). No lado das altas, destacaram-se a batata inglesa (11,47%), o óleo de soja (4,29%) e as carnes , com 0,68%.

A alimentação fora do domicílio (0,68%) acelerou em relação ao mês anterior (0,19%), em virtude das altas da refeição (de 0,06% em outubro para 0,56% em novembro) e do lanche (de 0,42% para 0,97%).

No grupo Habitação , que desacelerou de 0,16% para 0,09%, na passagem de outubro para novembro, a principal contribuição negativa veio da energia elétrica residencial , que passou de -1,09% para -0,38%. Ressalta-se que, em novembro, está em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1, adicionando R$ 4,46 na conta de luz a cada 100 Kwh consumidos.

Além disso, foram incorporados os seguintes reajustes tarifários: 19,56% em Goiânia (14,04%), a partir de 22 de outubro; 16,05% em uma das concessionárias de São Paulo (-1,14%), vigente desde 23 de outubro; 11,21% em Brasília (5,59%), a partir de 22 de outubro.

Na variação da taxa de água e esgoto (0,13%), destaca-se o reajuste tarifário de 9,75% em Fortaleza (2,83%), a partir de 5 de novembro. O resultado do subitem gás encanado (-0,01%) considera a redução de 0,04% nas tarifas no Rio de Janeiro (-0,02%), a partir de 1º de novembro.

Ainda em Habitação , entre os subitens com aumentos, destacaram-se o condomínio (0,38%) e o aluguel residencial (0,37%).

Quanto aos índices regionais , dez das onze áreas de abrangência tiveram alta em novembro. A maior variação foi observada em Belém (0,67%), por conta das altas da hospedagem (155,24%) e das passagens aéreas (25,32%). Já o menor resultado ocorreu em Belo Horizonte (-0,05%), que registrou queda nos preços da gasolina (-3,13%) e das frutas (-5,39%).

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)