DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e hoje será divulgado a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a setembro
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(Brasília-DF, 13/11/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais em baixa e no Brasil haverá Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a setembro.
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Mercados globais
Nessa quinta-feira, os futuros nos EUA operam em leve baixa (S&P 500: –0,1%; Nasdaq 100: –0,2%). No dia anterior, a rotação continuou dominante, com investidores saindo de tecnologia e migrando para setores defensivos, o que levou o Nasdaq a cair novamente enquanto o S&P 500 registrou sua quarta alta seguida. O impulso veio de nomes como Walmart, Home Depot, McDonald’s, Eli Lilly e Johnson & Johnson. O fim do shutdown, aprovado na Câmara por 222 a 209 votos e já assinado por Trump, reduz incertezas, mas a paralisação prolongada deixou o mercado sem dados importantes como payroll e inflação, e a Casa Branca afirmou que alguns relatórios podem nunca ser divulgados.
Na Europa, as bolsas apresentam leve avanço (Stoxx 600: +0,1%) acompanhando o alívio global após o fim do shutdown nos EUA. Entre os destaques, ALK e Zealand Pharma lideram as altas após revisão positiva de guidance, e Burberry salta +4,3% com seu primeiro crescimento de vendas comparáveis em dois anos. Investidores monitoram resultados de Siemens, Deutsche Telekom, Enel, Merck e Aviva, além da produção industrial da União Europeia.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +0,6%; CSI 300: +1,2%), acompanhando o rali global após o fim do shutdown. O movimento se somou à recuperação regional, com Japão (Nikkei: +0,4%), Coreia do Sul (Kospi: +0,5%; Kosdaq: +1,3%) e Índia (+0,8%) também avançando. SoftBank continuou em forte queda por um segundo dia (–3,4%) após revelar a venda integral de sua posição na Nvidia para financiar sua aposta na OpenAI.
Nos Estados Unidos, a Câmara dos Representantes aprovou, ontem à noite, o fim da paralisação do governo (shutdown) mais longa da história, por 222 votos a favor e 209 contrários. O Presidente Donald Trump sancionou a lei pouco tempo após a aprovação. A paralisação, que durou 43 dias, levou a bloqueio orçamentário e interrompeu o pagamento de salários aos servidores federais.
IBOVESPA -0,1% | 157.632 Pontos. CÂMBIO +0,3% | 5,29/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de quarta-feira próximo da estabilidade, com leve queda de 0,07%, aos 157.632 pontos, interrompendo uma sequência de 15 altas consecutivas. O índice foi pressionado pelo desempenho negativo das petroleiras, como Petrobras (PETR3 -3,0%; PETR4 -2,6%), Prio (PRIO3 -0,7%) e PetroRecôncavo (RECV3 -5,1%). Além disso, a temporada de resultados do 3T25 se aproxima do fim, com as empresas brasileiras reportando números sólidos de forma geral: até o momento, 64 das 79 companhias que compõem o Ibovespa já divulgaram seus resultados, com 57% superando as estimativas de lucro a uma surpresa média de 11,4%.
Entre as ações, Taesa (TAEE11 +5,8%) subiu, após divulgar resultados em linha com as expectativas dos nossos analistas, mas acompanhados de anúncio de dividendos acima do projetado (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, CVC (CVCB3 -8,3%) recuou, também repercutindo a divulgação dos resultados do 3T25.
Nesta quinta-feira, o destaque do dia é a divulgação da Pesquisa Mensal do Comércio referente a setembro no Brasil, além dos dados de produção industrial e vendas do varejo de outubro na China. Pela temporada de resultados do 3T25, os principais balanços serão Bemobi, Cemig, CPFL, Cyrela, Grupo Mateus, JBS, Light, Localiza, Nubank, Oncoclínicas, Orizon, Serena Energia e Track & Field.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com fechamento ao longo da curva, influenciadas pelo alívio nos juros externos, mesmo após a alta de 0,6% no volume de serviços em setembro sobre agosto — acima das projeções e na contramão da percepção de desaceleração da economia. O DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,64% (- 2,6bps); DI jan/29 em 12,81% (- 3,6bps); DI jan/31 em 13,15% (- 2,5bps). Nos EUA, os rendimentos dos títulos soberanos encerraram o dia em queda. Com isso, as taxas das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,568% (- 2,49bps vs. pregão anterior); enquanto as de dez anos em 4,0713% (- 4,57bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quarta-feira em alta de 0,12%, impulsionado principalmente pelo desempenho dos fundos de tijolo. A valorização desses ativos foi favorecida pelo fechamento da curva de juros futura, movimento ao qual essa classe costuma ser mais sensível. Em contrapartida, os fundos de papel registraram queda marginal de 0,02%, ainda impactados pela deflação observada em agosto, que segue pressionando seus rendimentos.
Com esse desempenho, o IFIX acumula valorização de 0,10% no mês e de 15,43% no ano. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se os fundos PATL11 (+2,5%), VILG11 (+1,5%) e PVBI11 (+1,4%). Já entre as principais quedas, figuraram URPR11 (-1,6%), XPCI11 (-1,5%) e VGIP11 (-1,2%).
Economia
No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 0,6% em setembro em comparação com agosto, um pouco acima das expectativas (XP e Mercado: 0,4%), marcando o oitavo aumento consecutivo. Com isso, o indicador avançou 0,9% no 3º trimestre. Em resumo, o setor terciário continua em tendência de alta, o que contrasta com a produção industrial e as vendas no varejo. Esse quadro reflete, em boa medida, o mercado de trabalho aquecido, apesar dos sinais incipientes de estabilização no emprego. Nossa estimativa para o PIB do 3º trimestre indica alta de 0,3% em relação ao 2º trimestre. Assim, reforçamos nossa projeção de que o PIB crescerá 2,1% em 2025.
Hoje, a agenda doméstica traz a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) referente a setembro. Esperamos crescimento moderado para as vendas varejistas nos conceitos restrito (0,3% m/m; 2,0% a/a) e ampliado (0,1% m/m; 1,1% a/a). Na agenda internacional, destaque para a divulgação de indicadores de atividade na China: produção industrial, vendas varejistas, investimentos em ativos fixos e taxa de desemprego, todos relativos a outubro.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)