COP30: Ricardo Alban, durante o SB COP Diálogo, disse que o povo da Amazônia não pode perder os benefícios da Margem Equatorial e que é possível com sustentabilidade
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(Brasília-DF, 12/11/2025) Nesta quarta-feira, 12, durante “SB COP Diálogo Empresarial para uma Economia de Baixo Carbono” em fala direcionada a empresários, representantes do governo e de instituições internacionais, em Belém, no Pará, o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, defendeu que o Brasil não pode negligenciar a exploração de recursos naturais, como a Margem Equatorial, para garantir o desenvolvimento social e o crescimento econômico da população da Amazônia.
O encontro discutiu estratégias para o setor produtivo avançar na agenda verde e contribuir com os compromissos brasileiros de redução de emissões.
Para Alban, a Margem Equatorial é um dos “grandes benefícios que a natureza está nos dando”. Segundo ele, o povo da Amazônia não pode "perder essa oportunidade" de progresso. Alban apontou que, como o país vive um período de transição energética, há tempo para a devida adaptação.
“É nosso dever mostrar que é possível aproveitar o que a natureza nos deu de forma harmônica e sustentável”, afirmou Alban.
O presidente da CNI destacou que o setor produtivo brasileiro tem incorporado a sustentabilidade como valor estratégico e como elemento central da competitividade industrial.
"A responsabilidade social evoluiu. Hoje, responsabilidade social é sustentabilidade. Quem não quer ter seus produtos e marcas associados ao compromisso sustentável? Isso gera valor e é uma exigência do mercado. O setor produtivo entende isso e está comprometido com a transformação”, completou.
Levantamento do Observatório Nacional da Indústria da CNI sobre os impactos econômicos e sociais da atividade na Margem Equatorial indica que o desenvolvimento da região pode criar 495 mil novos empregos formais, acrescentar R$ 175 bilhões ao Produto Interno Bruto (PIB) e produzir R$ 11,23 bilhões em arrecadações indiretas.
O estudo considerou a existência de uma cadeia produtiva de máquinas, equipamentos e serviços de suporte nos estados do Amapá, Pará, Maranhão, Piauí, Ceará e Rio Grande do Norte, a partir da hipótese de operação de um bloco por estado, com produção estimada em 300 mil barris por dia, preço do barril a US$ 60 e câmbio de R$ 5,50.
A atividade também tem potencial de gerar entre R$ 3,6 bilhões e R$ 5,4 bilhões anuais em royalties, além de R$ 270 milhões destinados à Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I).
Além de Ricardo Alban, a abertura do evento contou a participação de Ricardo Mussa, chair da Sustainable Business COP (SB COP); Dan Ioschpe, high-level climate champion da COP30; Helder Barbalho, governador do Pará; Alex Carvalho, presidente da Federação das Indústrias do Pará (FIEPA); Paul Polman, embaixador da SB COP; Tennant Reed, diretor de Mudanças do Clima e Energia da Australian Industry Group; e o deputado Rodrigo Rollemberg (PSB-DF).
O encontro também contou com a realização do SB COP Awards, que premiou 48 cases de sucesso globais do setor produtivo pelas ações de clima.
( da redação com informações e texto da Ag. CNI. Edição: Política Real)