31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil atenção para pesquisa mensal de serviços referente a setembro

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Por Politica Real com agências
Publicado em
Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 12/11/2025) Na manhã desta quarta-feira, 12, a Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando os mercados globais em alta e no Brasil atenção para pesquisa mensal de serviços referente a setembro.

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Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,4%; Nasdaq 100: +0,7%) após o Dow Jones fechar em novo recorde histórico na véspera, apoiado por rotação setorial para ações defensivas e de consumo, enquanto o Nasdaq recuou 0,3% com realização em tecnologia. O S&P 500 subiu 0,2%, acumulando três altas consecutivas. Investidores migraram para segmentos de menor valuation e menor exposição à AI, impulsionando Walmart, Home Depot e McDonald’s. O setor de saúde liderou os ganhos, com Eli Lilly e Johnson & Johnson entre os destaques. Já Nvidia e outras empresas de AI recuaram, refletindo cautela com valuations elevados.

Na Europa, as bolsas avançam (Stoxx 600: +0,6%) com o otimismo sobre o fim do shutdown americano e resultados trimestrais positivos. O setor de energia é destaque: a britânica SSE dispara 12,7% após anunciar captação de EUR 2 bilhões para financiar plano de investimento de EUR 33 bilhões, enquanto a alemã RWE sobe 4% com lucro acima do esperado.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: +0,8%; CSI 300: -0,1%), impulsionados pelo rali em Wall Street. No Japão, SoftBank caiu 3,5% após revelar a venda integral de sua participação na Nvidia, levantando US$ 5,8 bilhões. O mercado segue atento à rotação global de portfólios, com investidores alternando entre ações defensivas e de crescimento, e à repercussão da decisão do SoftBank, que sinaliza um movimento estratégico de liquidez no setor de tecnologia.

IBOVESPA +1,6% |157.749 Pontos.  CÂMBIO -0,6% | 5,27/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira com uma alta sólida de 1,6%, aos 157.749 pontos. O índice agora acumula 15 altas diárias consecutivas, um recorde histórico, chegando a ultrapassar a marca dos 158 mil pontos durante o dia. O IPCA de outubro, que veio abaixo das expectativas, ajudou a impulsionar esse movimento, à medida que a curva de juros fechou e o mercado passou a precificar uma maior probabilidade de corte de juros pelo Copom na reunião de janeiro de 2026. Além disso, vemos a aproximação do “trade eleitoral”, uma forte temporada de resultados do 3T25 até agora e um ambiente global benigno para mercados emergentes como outros fatores que explicam essa forte alta das ações brasileiras. Veja mais detalhes em nosso último XPresso: Ações brasileiras em alta histórica – e agora?.

O destaque positivo do dia foi Braskem (BRKM5, +18,0%), após a divulgação dos resultados do 3T25 da companhia, que vieram fracos, mas melhores do que o esperado pelos nossos analistas das XP (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, Natura (NATU3, -15,7%) recuou fortemente, também repercutindo os resultados do 3T25, apresentando tendência negativa de crescimento da receita (veja aqui o comentário completo).

Nesta quarta-feira, será divulgada a pesquisa mensal de serviços de setembro no Brasil. Enquanto isso, a temporada de resultados do 3T25 continuará no centro das atenções, com os principais balanços a serem divulgados sendo os de Allos, Auren, Banco do Brasil, Copel, Direcional, Equatorial Energia, Hapvida, Moura Dubeux, MRV, PagBank, Plano & Plano, Randoncorp, Taesa e Ultrapar. Acompanhe tudo aqui.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o movimento dos juros refletiu a divulgação da ata da última reunião do Copom, somada à leitura favorável do IPCA de outubro, reforçando expectativas de redução da Selic. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,6bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,68% (- 15,5bps); DI jan/29 em 12,86% (- 12,3bps); DI jan/31 em 13,18% (- 10,7bps). Nos EUA, devido ao feriado do Dia dos Veteranos, o mercado de Treasuries permaneceu fechado.

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou o pregão de terça-feira praticamente estável, refletindo o desempenho misto entre os principais segmentos. Os fundos de tijolo registraram queda média de 0,04%, enquanto os fundos de papel apresentaram recuo marginal de 0,05%. Os destaques positivos ficaram por conta dos fundos de fundos, com alta de 0,24%, e dos fundos híbridos, que avançaram 0,07%. O cenário doméstico foi marcado pelo fechamento da curva de juros, impulsionado pela leitura favorável do IPCA de outubro, que veio abaixo das expectativas do mercado, e pela divulgação da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

Entre as maiores altas do dia, destacaram-se HABT11 (2,0%), SNCI11 (1,6%) e LIFE11 (1,4%). Já entre as principais quedas, figuraram HCTR11 (-2,7%), GZIT11 (-2,0%) e VGRI11 (-2,0%).

Economia

Nos Estados Unidos, dados do novo indicador de emprego semanal do ADP mostraram cortes de 11 mil empregos nas últimas semanas de outubro, indicando um enfraquecimento adicional do mercado de trabalho. No Brasil, o índice de preços ao consumidor amplo (IPCA) avançou 0,09% em relação ao mês anterior, abaixo das projeções. A desaceleração foi puxada por quedas em preços de alimentos e bens duráveis, mas serviços intensivos em mão de obra continuaram a mostrar pressão. Já a ata da última reunião do Copom revelou uma postura cautelosa, apontando a manutenção da taxa de juros no atual patamar por período prolongado. No âmbito doméstico, o comitê observou crescimento moderado, e optou por incluir os efeitos da reforma do imposto de renda usando uma abordagem conservadora. A nosso ver, a melhora da inflação corrente e das expectativas reforça um cenário de cortes de juros no ano que vem, iniciando-se em março.

No exterior, com a ausência de divulgação de dados econômicos, as atenções se voltam ao discurso de diretores do Fed.

Domesticamente, o foco é a divulgação da pesquisa mensal de serviços referente a setembro. Nossa projeção é de um aumento de 0,4% em relação ao mês anterior e de 3,6% em relação ao ano anterior.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)