MERCADO: Bolsa tem novo recorde e chega a 157.748,60 pontos e enquanto dólar cai no menor taxa desde
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(Brasília-DF, 11/11/2025). Nesta terça-feira, 11, Ibovespa (IBOV) voltou a subir nesta e atingiu seu 12º recorde consecutivo na 15ª alta seguida.
Investidores reagiram à ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, que indicou a leitura de certa moderação da atividade econômica e da inflação, e aos dados de inflação de outubro, ambos divulgados pela manhã.
O principal índice da B3 avançou 1,60% por volta, aos 157.748,60 pontos.
O dólar, por sua vez, manteve a tendência de queda e encerrou o dia com queda de 0,64%, cotado a R$ 5,27. A moeda está no patamar mais baixo desde 27 de fevereiro deste ano.
Em queda durante todo o dia, a cotação chegou a operar próxima da estabilidade na primeira hora de negociação, mas despencou após a divulgação da inflação oficial em outubro. Na mínima do dia, por volta das 12h, chegou a R$ 5,26.
A maior alta do dia foi a da Braskem, que subiu 18%. O movimento veio depois de duas notícias: a possível saída da Novonor da empresa e assinatura de um acordo da Braskem para indenizar o desastre ambiental causado de Maceió — o suficiente para que os investidores ignorassem mais um trimestre fraco da gigante petroquímica paulista.
Projeções da XP
O cenário global de curto prazo continua positivo para mercados emergentes. Esperamos que o Fed volte a cortar a taxa básica de juros em dezembro. Os riscos institucionais e geopolíticos, contudo, permanecem. Uma possível queda nos preços de petróleo e grãos representa um risco adicional para países exportadores de commodities, como o Brasil.
A política terá como foco a trajetória de recuperação de popularidade do presidente Lula e o desfecho do julgamento no STF que condenou Bolsonaro, enquanto o governo tenta avançar com a agenda econômica no Congresso para garantir o cumprimento da meta de 2026.
A atividade doméstica perdeu fôlego no segundo semestre, em linha com a política monetária restritiva. Porém, estímulos de renda e crédito devem reacelerar a demanda adiante. Projetamos que o PIB crescerá 2,1% em 2025 e 1,7% em 2026 (com viés de alta).
O governo deve cumprir a meta de resultado primário neste ano e, com o auxílio de receitas extraordinárias, ficar próximo do limite inferior no ano que vem. No entanto, a dívida pública continuará em alta, atingindo 83,6% do PIB em 2026.
Mantivemos a projeção de taxa de câmbio em 5,30 reais por dólar no final de 2025 e 5,50 no final de 2026. Nas contas externas, o desempenho das exportações acima do previsto levou a um saldo comercial maior neste ano. O viés altista para a atividade no ano que vem é um risco.
O arrefecimento na inflação de bens persiste e deve estender-se para o próximo ano. Com isso, reduzimos nossa projeção para o IPCA de 2025 (de 4,6% para 4,5%) e 2026 (de 4,5% para 4,2%).
A dinâmica da inflação tem sido melhor do que o esperado. No entanto, o balanço de riscos no médio prazo vem se deteriorando em função de medidas fiscais expansionistas. Mantemos a projeção de taxa Selic em 12,00%, após seis cortes consecutivos de 0,50 p.p. a partir de março.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)