DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil é dia de Ata do Copom e IPCA de outubro
Veja mais números
Publicado em
(Brasília-DF, 11/11/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando os mercados globais em queda e no Brasil atenção para divulgação da Ata do Copom da reunião da semana passada e do IPCA de outubro, a inflação. O mercado está esperando em 0,14%.
Veja mais:
Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,4%) após uma forte sessão na véspera, impulsionada pela recuperação do setor de tecnologia e pelo otimismo com o possível fim da paralisação do governo. O Nasdaq teve seu melhor desempenho desde maio (+2,3%), com investidores voltando a comprar ações ligadas à inteligência artificial depois do sell-off da semana passada. Nvidia saltou 5,8%, Alphabet subiu 4% e Microsoft avançou 1,9%, encerrando uma sequência de oito quedas. O Senado aprovou na noite de segunda-feira o acordo que reabre o governo até janeiro e reverte parte das demissões federais, sem incluir a extensão dos subsídios do Affordable Care Act, cuja votação foi adiada para dezembro. A medida será encaminhada à Câmara e, se aprovada, seguirá para sanção presidencial.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,7%), acompanhando o otimismo americano e o avanço nas negociações para encerrar o shutdown. O FTSE 100 sobe 1%, renovando máxima histórica. O setor de tecnologia lidera os ganhos, enquanto ações suíças sobem com expectativas de um acordo para reduzir tarifas com os EUA. Vodafone dispara 5,5% após divulgar receita semestral de EUR 19,6 bilhões (+7,3% A/A) e anunciar aumento de dividendos e guidance de lucro no topo da faixa projetada.
Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: +0,2%; CSI 300: -0,9%), com realização de lucros após o rali de segunda-feira em Wall Street. O humor geral foi negativo, com o CSI 300 caindo -0,9% e o Hang Seng subindo apenas 0,2%, mesmo com Xpeng disparando 17,9% após lançar robôs e robotáxis com chips de IA próprios. O sentimento regional reflete cautela após a forte recuperação da véspera, embora o apetite por risco global permaneça sustentado pela retomada do otimismo em torno da inteligência artificial e pelo avanço político em Washington.
IBOVESPA + 0,77% | 155.257 Pontos. CÂMBIO – 0,49% | 5,31/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,8%, aos 155.257 pontos, acompanhando o movimento positivo dos mercados globais (S&P 500, +1,5%; Nasdaq, +2,2%), com o avanço do potencial fim do shutdown do governo federal dos EUA. Como resultado, o índice acumula 14 altas diárias consecutivas. O dólar também continuou apresentando uma tendência benigna, registrando queda de 0,5%, aos R$ 5,31.
Papéis sensíveis aos juros subiram, como Lojas Renner (LREN3, +3,9%), Raízen (RAIZ4, +3,6%) e Magazine Luíza (MGLU3, +3,4%), repercutindo o fechamento da curva de juros. Na ponta negativa, Suzano (SUZB3, -1,9%) recuou, continuando a tendência negativa do papel após a divulgação dos resultados do 3T25 da companhia na última sexta-feira (7) (veja aqui mais detalhes).
Para esta terça-feira, os destaques da agenda serão a ata do Copom e o IPCA de outubro. Pela temporada de resultados do 3T25, teremos Armac, Automob, B3, Brisanet, BTG Pactual, Cury, Ecorodovias, Frasle Mobility, Jalles Machado, JSL, Mills e Vamos. Pela temporada internacional do 3T25, Sony e Vodafone divulgam seus balanços.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, a queda do dólar frente ao real traz alívio para os juros futuros, com investidores antecipando desaceleração da inflação às vésperas da divulgação do IPCA de outubro. O DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,2bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,83% (- 4,9bps); DI jan/29 em 12,96% (- 11,3bps); DI jan/31 em 13,25% (- 12,5bps). Nos EUA, os juros das Treasuries sobem levemente, sem direcionamento claro. Além disso, o mercado segue atento à possível resolução do “shutdown” do governo. Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,59% (+3,75bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,11% (+2,18bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a segunda-feira com queda de 0,10%, pressionado principalmente pelos fundos de recebíveis, cujos rendimentos seguem impactados pela deflação registrada em agosto. Em contrapartida, os fundos de tijolo apresentaram alta de 0,16%, sustentada pelo fechamento da curva de juros, movimento ao qual essa classe tende a ser mais sensível. Entre as maiores valorizações do dia, destacaram-se CPSH11 (+2,6%), RBRL11 (+2,3%) e JSCR11 (+1,6%). Já entre as principais quedas, figuraram GZIT11 (-3,1%), DEVA11 (-2,8%) e HCTR11 (-2,1%).
Economia
Nos EUA, o Senado aprovou na noite de segunda-feira um projeto para financiar o governo e encerrar o shutdown mais longo da história, que já dura 41 dias. A medida, aprovada por 60 votos a 40 com apoio de quase todos os republicanos e oito democratas, garante recursos até o fim de janeiro, além de outras medidas acordadas para a aprovação. Agora, o projeto vai para a Câmara dos Representantes.
Na agenda doméstica, temos a divulgação da ata da última reunião do Copom — que deve detalhar os argumentos por trás da decisão de manter a taxa Selic em 15,00% — e o resultado do IPCA de outubro. Esperamos que a inflação oficial venha em 0,14% no mês, acumulando alta de 4,73% em 12 meses, em linha com o consenso de mercado (0,15%). Os principais destaques devem ser a desaceleração nos preços da gasolina (0,3%), reflexo do ajuste promovido pela Petrobras, e a queda nas tarifas de energia elétrica (-2,3%), influenciada pela dissipação do efeito do bônus de Itaipu.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real).