31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil expectativa para ata do Copom e IPCA de outubro

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Por Politica Real
Publicado em
Mercados em alta Foto: Arquivo Política Real

(Brasília-DF, 10/11/2025) A Política Real teve acesso ao relatório Moorning Call da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil atenção para a ata do Copom nesta terça-feira e em seguida a divulgação do IPCA de outubro.

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Mercados globais

Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA sobem (S&P 500: +1,0%; Nasdaq 100: +1,5%) após o Senado dar um passo decisivo rumo a um acordo bipartidário para encerrar a paralisação histórica do governo americano. O projeto em debate prevê reabertura até janeiro e reversão parcial das demissões em massa no setor público, após oito senadores democratas se juntarem à oposição para garantir o mínimo de 60 votos necessário à aprovação. O otimismo com o avanço das negociações impulsiona os mercados, após uma semana marcada por temores sobre valuations elevados em IA e a pior performance do Nasdaq (-3%) desde abril. Investidores aguardam ainda os balanços da Walt Disney na quinta-feira e monitoram o impacto econômico da paralisação, que já impediu a divulgação de indicadores como CPI e PPI.

Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +1,4%) com o alívio em relação à crise fiscal americana e a recuperação das ações de tecnologia (+2,2%). Diageo dispara após anunciar Dave Lewis como novo CEO, revertendo parte das perdas recentes após corte de guidance. Novo Nordisk avança ao firmar parceria com a indiana Emcure para vender o medicamento Wegovy, enquanto Camurus e Zealand Pharma sobem com resultados positivos em tratamentos para obesidade. A perspectiva de fim do shutdown e os sinais de estabilização da inflação na China elevam o apetite por risco global.

Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,5%; CSI 300: +0,2%), liderados pelo forte rali na Coreia do Sul, onde o Kospi saltou 3%, impulsionado por bancos, seguradoras e o avanço de Samsung e SK Hynix. O Nikkei 225 subiu 1,3% e o Topix 0,6%, após ata do Banco do Japão sinalizar que as condições para elevar juros “quase foram atendidas”. A inflação chinesa acima do esperado (CPI: +0,2% A/A) e o alívio nas commodities reforçaram o otimismo regional. O sentimento positivo na Ásia reflete o alívio global com o iminente acordo para encerrar o shutdown americano e expectativas de retomada gradual dos dados econômicos nos EUA.

Nos Estados Unidos, o Senado registrou avanço significativo nas negociações para encerrar a mais longa paralisação do governo da história, ao aprovar, por 60 votos a 40, uma proposta que garante financiamento até 30 de janeiro de 2026.

 

Na agenda internacional desta semana, indicadores dos Estados Unidos deve seguir esvaziada, ainda refletindo os efeitos da paralisação do governo. Enquanto isso, declarações de dirigentes do Fed deverão movimentar os ativos financeiros. Na China, serão divulgados os indicadores de atividade econômica de outubro (quinta-feira), incluindo produção industrial, vendas no varejo, investimentos em ativos fixos e taxa de desemprego.

IBOVESPA +0,47% | 154.064 Pontos   CÂMBIO -0,32% | 5,33/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a semana com uma alta sólida de 3,0% em reais e 3,9% em dólares. O índice acumula agora 13 pregões consecutivos de valorização, ultrapassando a marca dos 150 mil pontos e renovando suas máximas históricas.

O destaque positivo da semana foi Rede D’Or (RDOR3, +9,2%), após a divulgação dos resultados do 3T25, que vieram acima das expectativas do mercado.

Na ponta negativa, Minerva (BEEF3, -14,9%) recuou, apesar de apresentar números fortes no trimestre (veja mais detalhes aqui), refletindo potencialmente o tom mais cauteloso da administração durante a teleconferência de resultados, além de um movimento técnico de realização de lucros.

Renda Fixa

No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimento de leve abertura ao longo da curva, com exceção dos vencimentos de 2029. O movimento foi reflexo do tom duro da reunião do Copom sobre a necessidade de manter os juros em patamares elevados. As taxas de juro real tiveram fechamento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 7,97% a.a. (vs.8,05% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,3bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,86% (+1,5bps); DI jan/29 em 13,06% (- 1bp); DI jan/31 em 13,37% (+1bp); DI jan/35 em 13,6% (+4,5bps). Nos EUA, rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,55% (+0,42bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,10% (+0,29bps).

IFIX

O IFIX encerrou a semana em alta de 0,08%, renovando sua máxima histórica aos 3.597 pontos. Entre os principais tipos de fundos, o destaque ficou com os fundos de tijolos que registraram alta de 0,42%, enquanto os fundos de papel apresentaram variação de -0,17%. O principal destaque da semana foi a decisão do Copom, que manteve a taxa básica de juros em 15% ao ano, em linha com as expectativas do mercado.

Economia

No Brasil, publicamos o relatório Brasil Macro Mensal de novembro. Reduzimos sutilmente nossa projeção para o IPCA de 2025, de 4,6% para 4,5%. Para 2026, nossa projeção recuou de 4,5% para 4,2%. Mantemos a visão de que o BCB iniciará um ciclo gradual de flexibilização monetária no 1º trimestre de 2026, levando a taxa Selic para 12,00% até o final do ano.

 No Brasil, o destaque será a divulgação da ata do Copom (terça-feira), que trará um detalhamento sobre a reunião em que decidiu pela manutenção da taxa Selic em 15,00%. No mesmo dia, o IBGE divulgará o IPCA de outubro, que deve trazer sinais adicionais de alívio. Em relação à atividade econômica, destaque para a publicação das receitas do setor de serviços (quarta-feira) e vendas no varejo (quinta-feira), ambas referentes a setembro.

( da  redação com informações de assessoria e agências. Edição: Politica Real)