31 de julho de 2025
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Lula, na Celac voltada para os países latino-americanos e Europa, disse que “somos uma região de paz e queremos permanecer assim”; ele não fala de Venezuela e nem de Estados Unidos

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Por Politica Real com agências
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Imagem da sala principal do encontro dos líderes em Santa Maria, na Colômbia Foto: X Celac-UNIÃO EUROPEIA

(Brasília-DF, 09/11/2025) Neste domingo, 09, em Santa Maria, na Colômbia, em fala na IV Cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC) e da União Europeia (UE), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o papel central dos dois blocos para uma ordem mundial baseada na paz, no multilateralismo e na multipolaridade.

O presidente fez uma forte defesa da retomada da integração regional que, segundo ele, vive uma profunda crise.

Voltamos a ser uma região balcanizada e dividida, mais voltada para fora do que para si própria”, avaliou Lula, ao cobrar avanços concretos na pauta econômica, com destaque para o Acordo MERCOSUL-União Europeia.

O presidente Lula fez um diagnóstico sobre o momento atual da América Latina e do Caribe e mencionou o retorno de ameaças como o extremismo político e o crime organizado. Além disso, afirmou que a guerra na Europa consome recursos essenciais para o desenvolvimento.

Lula alertou que projetos pessoais de poder estão minando a democracia e que disputas ideológicas impedem a cooperação, resultando em cúpulas vazias e com iniciativas que não saem do papel.

“A intolerância ganha força e vem impedindo que diferentes pontos de vista possam se sentar à mesma mesa. Voltamos a conviver com as ameaças do extremismo político, da manipulação da informação e do crime organizado”, enfatizou.

“Somos uma região de paz e queremos permanecer assim. Democracias não combatem o crime violando o direito internacional. A democracia também sucumbe quando o crime corrompe as instituições, esvazia os espaços públicos, destrói famílias e desestrutura negócios”, sentenciou Lula.

SEGURANÇA E COOPERAÇÃO — O presidente Lula destacou que a segurança é um dever do Estado e um direito humano fundamental e que o combate à criminalidade não pode ser feito violando o direito internacional.

Ele também defendeu que nenhum país pode enfrentar o crime transnacional isoladamente. “Não existe solução mágica para acabar com a criminalidade. É preciso reprimir o crime organizado e suas lideranças, estrangulando seu financiamento e rastreando e eliminando o tráfico de armas”, disse Lula.

Como exemplos de sucesso na cooperação, o presidente citou a renovação do Comando Tripartite da Tríplice Fronteira, com Argentina e Paraguai, e o Centro de Cooperação Policial Internacional da Amazônia, em Manaus, que reúne nove países sul-americanos.

“Ações coordenadas, intercâmbio de informações e operações conjuntas são essenciais. Essas são plataformas permanentes de cooperação para combater crimes financeiros e o tráfico de drogas, de armas e de pessoas”, registrou Lula.

( da redação com informações de assessoria. Edição:  Política Real)