Mercados tem novo recorde e chega a 153.339 pontos avaliando comunicado do COPOM; mercados também estimaram a aprovação da isenção do IR em R$ 5 mil
O dólar, por sua vez, recuou 0,24%, cotado a R$ 5,35
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(Brasília-DF, 06/11/2025). Nesta quinta-feira, 6, Ibovespa encerrou a sessão estável, com investidores avaliando o comunicado do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom), divulgado na véspera.
O principal índice da B3 subiu 0,03%, aos 153.339 pontos – seu nono recorde consecutivo. Na máxima do dia, o índice chegou a superar os 154.000 pontos, mas perdeu força com o desempenho negativo das bolsas americanas.
O dólar, por sua vez, recuou 0,24%, cotado a R$ 5,35.
Entre as ações com maior peso no Ibovespa, o papel preferencial da Petrobras avançou 0,52% e ajudou a manter o índice no positivo.
A petroleira registrou ganhos antes da divulgação de seu balanço, que será apresentado após o fechamento do mercado nesta quinta-feira.
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Houve avaliações sobre a aprovação pelo Senado da isenção do IR em R$ 5 mil e sobre os possíveis ganhos. Veja uma das avaliações que tivemos acesso:
Projeto de isenção do IR até R$ 5 mil é aprovado no Congresso, sem muitas alterações em relação ao PL enviado pelo Poder Executivo
O Congresso Nacional aprovou ontem o PL 1.087/25, que isenta do Imposto de Renda rendimentos mensais de até R$ 5 mil, confere descontos até R$ 7.350 e, como forma de compensação, institui tributação mínima para altas rendas. Considerando o risco de desidratação durante a tramitação, podemos dizer que o governo teve sucesso em manter o projeto bastante próximo ao enviado originalmente.
Vale lembrar, na Câmara foram três as principais modificações. Ampliação da faixa de desconto de R$ 7 mil para R$ 7.350, lucros e dividendos relativos a resultados apurados até 2025, com distribuição aprovada até o final deste ano, não serão tributados, e, o excedente de arrecadação da medida será utilizado para compensar Estados e Municípios.
No Senado, houve poucas alterações em relação à versão aprovada na Câmara, sendo que as modificações dizem respeito principalmente à redação da lei. Um ponto que vale ser destacado é da eventual compensação à Estados e Municípios. A mudança deixou mais claras as condições necessárias para os repasses adicionais aos entes subnacionais, reduzindo o risco de uma transferência indevida.
A saber, passou-se de “arrecadação adicional da União decorrente da aprovação desta Lei” para “valor equivalente às receitas decorrentes da aprovação desta Lei que excedam as estimativas de impacto orçamentário e financeiro desta Lei”.
Assim, considerando as incertezas envolvidas nesse tipo de estimativa, a proposta se encontra próxima da neutralidade fiscal.
Calculamos que em 2026 haverá um ganho de receitas de R$ 172 milhões (R$ 90 milhões líquidos para a União), uma vez que a retenção na fonte de lucros e dividendos já será aplicada e a restituição do IR ocorrerá apenas no exercício seguinte. Em 2027, haveria uma perda de R$ 5,3 bilhões (R$ 2,8 bilhões líquidos) e em 2028, de R$ 3,8 bilhões (R$ 2 bilhões líquidos).
_Felipe Salto, economista-chefe da Warren Investimentos _
( da redação com informações da Bloomberg Linea e Warren Investimentos. Edição: Política Real)