31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil atenção para relatório da reunião do Copom que deve manter em 15% s taxa Selic

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Por Politica Real com agências
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Mercados em queda Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 05/11/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil o destaque fica para a decisão de juros no Brasil, que deve permanecer em 15,00%, reforçando a necessidade de manutenção da taxa básica no nível atual por um “período bastante prolongado”.

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Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,2%) após a forte correção das ações de tecnologia na véspera. O Nasdaq caiu 2,0% e o S&P 500 recuou 1,2%, refletindo temores sobre avaliações excessivas no setor de inteligência artificial. Palantir despencou 8% mesmo após superar estimativas de lucro, pressionada pelo múltiplo elevado (mais de 200x P/L). Apesar da correção, investidores seguem otimistas com a tendência de longo prazo do setor, impulsionada pelo aumento de investimentos em infraestrutura de IA. Hoje saem dados de emprego da ADP, pedidos de hipotecas e o ISM de serviços, além do resultado trimestral de McDonald’s.

Na Europa, as bolsas também caem (Stoxx 600: -0,3%) acompanhando o tom negativo global, lideradas por perdas em tecnologia após o sell-off em Wall Street. Investidores reagem às preocupações com valuations inflados em IA e aos alertas dos CEOs do Goldman Sachs e Morgan Stanley sobre possível correção nos próximos dois anos. Entre os destaques corporativos, Novo Nordisk oscilou fortemente e agora sobe 2% após lucro de 20 bilhões de coroas dinamarquesas em linha com o consenso e BMW cai -1,5% com EBIT de EUR 2,3 bi dentro das expectativas.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -0,1%; CSI 300: +0,2%), mesmo com as fortes vendas em ações de IA. Na Ásia, o movimento foi de correção. O Nikkei 225 despencou -2,5%, abaixo dos 50.000 pontos, e o Topix recuou 1,3%, com SoftBank caindo mais de 10%. Na Coreia do Sul, o Kospi perdeu 2,4% e o Kosdaq 2,7%, pressionados por Samsung e SK Hynix. O tom cauteloso global reflete a busca por realização após o rali das big techs, enquanto alertas sobre valuations recordes reacendem o temor de bolha no setor de inteligência artificial.

Estados Unidos e a China anunciaram medidas de desescalada nas tensões comerciais. A China decidiu suspender ano a tarifa adicional de 25%, mantendo uma taxa de 10%. Em resposta, Trump reduziu de 20% para 10% as tarifas aplicadas a produtos chineses, como parte de um acordo bilateral voltado ao combate do tráfico de fentanil.

IBOVESPA +0,17% | 150.704 Pontos. CÂMBIO +0,77% | 5,40/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira em alta de 0,2%, aos 150.704 pontos, registrando sua décima valorização consecutiva, em movimento oposto aos mercados globais (S&P 500, -1,2%; Nasdaq, -2,1%). As bolsas internacionais foram pressionadas pelas ações de tecnologia, diante do menor otimismo em relação ao tema de inteligência artificial e temores de alguns investidores com uma possível bolha nas ações do setor. No cenário doméstico, o mercado permanece atento à temporada de resultados do 3T25 e em modo de espera pela decisão do Copom, que será divulgada nesta quarta-feira (6).

Entre as ações no positivo, Klabin (KLBN11, +3,0%) avançou após divulgar seus resultados do 3T25, apresentando volumes de papel mais fortes e custos bem controlados (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, Embraer (EMBR3, -3,6%) recuou após divulgar o balanço referente ao 3T25 — apesar de o resultado ter vindo ligeiramente acima das expectativas dos nossos analistas da XP (veja aqui o comentário completo).

Nesta quarta-feira, todas as atenções estarão voltadas para a decisão de juros do Copom no Brasil. Do lado micro, destaque para a divulgação dos resultados do 3T25 de Brava Energia, CBA, Desktop, Eletrobras, Engie Brasil, Iochpe-Maxion, Méliuz, Minerva, Petz, TOTVS, Vibra Energia e Vivara. No cenário internacional, foco para o relatório ADP de emprego referente a outubro nos EUA, além dos balanços corporativos de McDonald’s, Novo Nordisk e Toyota.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com movimentos mistos ao longo da curva. No Brasil, o mercado ficou à espera da decisão do Copom. Dados da produção industrial tiveram pouco impacto, enquanto o projeto de isenção de IR para salários até R$ 5 mil trouxe cautela e pressionou os prêmios na ponta longa. Assim, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,87% (- 1,5bps); DI jan/29 em 13,12% (+2bps); DI jan/31 em 13,44% (+4,5bps). Nos EUA, os rendimentos dos Treasuries tiveram alívio com a busca por ativos seguros, após alertas de líderes empresariais sobre uma possível correção nas bolsas de Nova York. Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,5718% (- 3,68bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,0852% (- 2,38bps).

IFIX

O IFIX encerrou a terça-feira em queda de 0,05%, registrando a segunda baixa consecutiva em novembro (-0,11%). O movimento refletiu o desempenho negativo dos fundos de papel (-0,14%) e dos fundos de tijolo (-0,02%). No radar dos investidores, permanece a expectativa pela decisão do Copom. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se TOPP11 (+1,8%), WHGR11 (+1,4%) e TRBL11 (+1,2%). Já entre as principais quedas, figuraram DEVA11 (-2,9%), JSRE11 (-1,5%) e ICRI11 (-1,3%). Acompanhe o Superclássicos de FIIs, evento online e gratuito, aqui.

Economia

No Brasil, produção industrial total caiu 0,4% em setembro. A indústria brasileira deve seguir com desempenho estável no curto prazo, pressionada por condições monetárias contracionistas e restrições de oferta. Projetamos alta de 1,0% na produção industrial em 2025 e de 1,3% em 2026.

Na agenda doméstica, o destaque fica para a decisão de juros no Brasil, que deve permanecer em 15,00%, reforçando a necessidade de manutenção da taxa básica no nível atual por um “período bastante prolongado”. Na agenda internacional, o destaque fica para a divulgação da ADP, que traz a geração líquida de empregos no setor privado norte-americano. Além disso, temos as leituras de PMI – sondagem com empresas que visa medir o desempenho da atividade econômica – nos EUA e Japão.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)