31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUE DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil expectativa para divulgação da produção industrial de setembro

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Por Politica Real com agências
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Mercados em queda Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 04/11/2025) A Politica Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da Investimentos informando que os mercados globais estão em queda e no Brasil atenção a divulgação da produção industrial de setembro, que deverá mostrar um aumento de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024.

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Nesta terça-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -1,3%; Nasdaq 100: -1,6%) após o rali das ações de inteligência artificial no pregão anterior. Na véspera, o Nasdaq avançou 0,5% e o S&P 500 subiu 0,2%, impulsionados por Amazon, que fechou em alta de 4% após anunciar um acordo de US$ 38 bilhões com a OpenAI, e pelo otimismo com gastos em IA. No pós-mercado, Palantir chegou a subir 4% após divulgar lucro e projeções acima das expectativas, mas virou para queda de 4%, em meio à volatilidade. Apesar da concentração em megacaps continuar gerando preocupação, mais de 80% das empresas do S&P 500 que já reportaram resultados superaram estimativas, segundo a FactSet.

Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -1,6%) com todos os setores caindo, revertendo o otimismo do início do mês. Os rendimentos dos títulos britânicos de 10 anos caem 4 bps, a 4,40%, após discurso da ministra das Finanças Rachel Reeves indicando “decisões difíceis” no orçamento de 26 de novembro. Entre as empresas, BP sobe 0,7% após lucro de US$ 2,2 bilhões acima das projeções, enquanto a dinamarquesa Orsted avança 1% após vender 50% do parque eólico Hornsea 3 à Apollo por US$ 6 bilhões.

Na China, os mercados recuaram (HSI: -0,8%; CSI 300: -0,8%) após alta expressiva nas bolsas americanas. Na Ásia, os índices na Coreia de Sul também recuam após sequência de quatro altas, apesar do governo anunciar plano para triplicar o orçamento de IA em 2026 (10,1 trilhões de won, ou US$ 7 bi). No Japão o sentimento foi afetado pela realização de lucros após recordes recentes. O tom cauteloso na Ásia reflete o esfriamento momentâneo do otimismo em torno das Big Techs e a ausência de novos catalisadores regionais.

Economia

Nos Estados Unidos, o ISM industrial – sondagem com empresas que visa medir o desempenho da atividade econômica – caiu para 48,7 pontos, abaixo do esperado pelo mercado, permanecendo em terreno contracionista (abaixo de 50 pontos) pelo 8° mês consecutivo.

IBOVESPA + 0,61% | 150.454 Pontos.  CÂMBIO – 0,43% | 5,36/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,6%, aos 150.454 pontos, alcançando seu nono pregão consecutivo de valorização e superando, pela primeira vez na história, a marca dos 150 mil pontos. O índice manteve sua tendência positiva em meio à temporada de resultados corporativos sólidos do 3T25, na qual 67% das empresas do Ibovespa que já divulgaram balanços superaram as estimativas de lucro. No campo macroeconômico, todas as atenções se voltam para a decisão do Copom nesta quarta-feira (5), quando o mercado espera manutenção da taxa Selic em 15,00%.

Bradespar (BRAP4, +2,7%) avançou após a companhia anunciar o pagamento de R$ 310 milhões em JCP. Na ponta negativa, Marcopolo (POMO4, -8,1%) recuou após um banco de investimentos rebaixar a recomendação do papel de Compra para Neutra.

Nesta terça-feira, o destaque da agenda macroeconômica será a divulgação do Relatório Jolts de setembro nos EUA e dos dados de produção industrial do mesmo mês no Brasil. Na temporada de resultados, divulgarão seus balanços: Aura Minerals, Blau, C&A Modas, Embraer, Iguatemi, Itaú Unibanco, Klabin, Odontoprev, Pão de Açúcar, PRIO e Raia Drogasil. No cenário internacional, o foco estará nos resultados de AMD, BP, Eaton Corp, Exelon, Pfizer e Uber.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com leve abertura ao longo da curva, seguindo o direcionamento do mercado externo. Nos EUA, a ausência de dados econômicos devido ao shutdown aumentou a incerteza sobre os próximos passos do Fed. Com isso, os investidores evitaram grandes movimentos, o que ajudou a manter o dólar estável, enquanto os juros dos Treasuries seguiram em alta. Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,6086% (+0,14bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,109% (+1,4bps). No Brasil,  a curva acompanhou o movimento dos títulos americanos com o mercado à espera da reunião do Copom. O DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,4bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,88% (+2,6bps); DI jan/29 em 13,08% (+0,5bps); DI jan/31 em 13,38% (+2,4bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou o mês com leve queda de 0,06%, em uma semana marcada pelas expectativas quanto à condução da política monetária, que será definida pelo Copom amanhã. Apesar do cenário de Selic elevada por um período prolongado, o índice acumula alta de 15,25% no ano.

No desempenho setorial, tanto os fundos de papel quanto os de tijolo registraram variações negativas na sessão, com quedas médias de 0,04% e 0,02%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se URPR11 (4,3%), DEVA11 (3,8%) e PVBI11 (1,9%). Já entre as principais quedas, figuraram VGHF11 (-3,3%), TRBL11 (-1,9%) e HGCR11 (-1,8%).

Economia

Nos Estados Unidos, o ISM industrial – sondagem com empresas que visa medir o desempenho da atividade econômica – caiu para 48,7 pontos, abaixo do esperado pelo mercado, permanecendo em terreno contracionista (abaixo de 50 pontos) pelo 8° mês consecutivo.

Na agenda doméstica, o destaque fica para divulgação da produção industrial de setembro, que deverá mostrar um aumento de 2,2% em relação ao mesmo período de 2024. A agenda internacional está relativamente vazia enquanto os Estados Unidos permanecem em shutdown, com o destaque ficando para o PMI – sondagem com empresas que visa medir o desempenho da atividade econômica – de serviços e composto na China.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)