DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil será semana de Copom e relatório da indústria em setembro
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(Brasília-DF, 03/11/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call”: da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil o destaque da Semana será a a reunião do Copom e a divulgação da a produção industrial de setembro.
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Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,4%; Nasdaq 100: +0,6%) após outubro encerrar com sólido avanço. O S&P 500 e o Dow Jones subiram 2,3% e 2,5%, respectivamente, enquanto o Nasdaq avançou 4,7% no mês, impulsionados pela força do setor de tecnologia e pela trégua comercial entre EUA e China. Até o momento, mais de 300 empresas do S&P 500 divulgaram resultados do 3º trimestre, e 80% superaram as expectativas, segundo a FactSet. Nesta semana, mais de 100 companhias devem reportar balanços, incluindo Palantir e AMD. Enquanto isso, o governo americano permanece paralisado, atrasando a divulgação de dados econômicos importantes, e a Suprema Corte deve analisar a legalidade das tarifas comerciais impostas pelo governo Trump.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,4%) no início do mês, com investidores avaliando resultados trimestrais corporativos e decisões de política monetária. Renault sobe 3,9% após sinalizar novas parcerias globais com montadoras, enquanto Mercedes-Benz e Volkswagen ganham 3,4% e 3%, respectivamente. A irlandesa Ryanair recua 2% após lucro sem surpresas, e BP avança 0,7% após anunciar a venda de ativos de gás nos EUA por US$ 1,5 bilhão.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +1,0%; CSI 300: +0,3%), mesmo após dados fracos de manufatura. O PMI oficial caiu para 49,0 em outubro, menor nível em seis meses, enquanto o índice privado da RatingDog marcou 50,6, abaixo das projeções. Na Coreia do Sul, o Kospi saltou 2,8% e renovou recorde histórico, liderado por ações de tecnologia e semicondutores. Os mercados no Japão permaneceram fechado por feriado nacional. O sentimento asiático reflete otimismo com o início de novembro, apesar do enfraquecimento da indústria chinesa.
Economia
A paralisação do governo dos Estados Unidos ameaça tornar-se a mais longa da história. Apesar de relatos de avanços em Washington, as negociações seguem incertas diante da exigência do presidente Donald Trump para que os republicanos aprovem a reabertura do governo sem depender do apoio dos democratas. Na seara comercial, Trump afirmou que os chips avançados Blackwell, da Nvidia, serão destinados exclusivamente a empresas norte-americanas, excluindo China e outros países. A decisão reforça a intenção da Casa Branca de restringir o acesso estrangeiro a tecnologias críticas de inteligência artificial.
Na agenda internacional desta semana, os dados dos Estados Unidos seguem com poucas divulgações, ainda refletindo os efeitos do shutdown. Destaque, porém, para divulgações do mercado de trabalho, notadamente o relatório Jolts de aberturas de postos de trabalho e o ADP, que traz a geração líquida de empregos no setor privado. Além disso, índices PMI das principais economias serão divulgados ao longo da semana. Na China, os indicadores de inflação ao produtor e consumidor serão conhecidos. Por fim, no Reino Unido, o Banco da Inglaterra deverá manter a taxa básica de juros em 4,00%.
IBOVESPA +0,51% | 149.540 Pontos. CÂMBIO -0,02% | 5,38/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 2,3% em reais e 2,2% em dólares, aos 149.540 pontos, renovando suas máximas históricas e se aproximando da marca dos 150 mil pontos. Em outubro, o índice acumulou alta de 2,3% em reais e 1,0% em dólares.
MBRF (MBRF3, +18,9%) se destacou após anunciar um acordo com a HPDC (subsidiária do fundo soberano da Arábia Saudita), pelo qual transferirá seus ativos Halal para a Sadia Halal (veja o comentário completo dos nossos analistas aqui).
Na ponta negativa, Marcopolo (POMO4, -9,2%) recuou após divulgar resultados abaixo das expectativas de mercado.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com movimento de abertura ao longo da curva, refletindo a forte criação de vagas em setembro apontada pelo Caged. As taxas de juro real também tiveram abertura, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 terminando em 8,05% a.a. (vs. 7,9% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,89% (+0,4bps no comparativo semanal); DI jan/27 em 13,85% (+4,0bps); DI jan/29 em 13,08% (+4,5bps); DI jan/31 em 13,36% (+6bps); DI jan/35 em 13,55% (+6bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,57% (+9,36bps vs. pregão anterior); enquanto os de dez anos em 4,07% (+5,61bps).
IFIX
A última semana de outubro foi marcada por um desempenho positivo dos fundos imobiliários, com o IFIX avançando 0,42%, impulsionado principalmente pelo segmento de papel (0,37%). Após a alta de 0,22% no último pregão do mês, o índice encerrou outubro com valorização de 0,12%, tendo como destaque positivo o segmento de papel (0,64%). O destaque da semana entre os fundos da nossa cobertura foi o BTLG11, que assinou compromisso de venda de 75% do WT Morumbi e do Edifício Work Bela Cintra por R$ 557 milhões. Segundo os gestores é esperado que a operação gere um ganho de capital de 12% e lucro estimado de R$ 0,54 por cota. Vale destacar que a operação ainda está sujeita à aprovação do CADE
No Brasil, o destaque será a reunião do Copom, para a qual espera-se que a taxa Selic seja mantida em 15,00%. Além disso, o IBGE divulgará a produção industrial de setembro.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)