Próximo da COP 30, desmatamento da Amazônia recua 11%, uma dos maiores recuos na séria histórica iniciada em 1998
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Com agências
(Brasília-DF, 30/10/2025) O Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática (MMA), nesta quinta-feira, 30, com base em dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) informou que o desmatamento na Amazônia totalizou 5.796 km² entre agosto de 2024 e julho de 2025, o que representa uma redução de 11% em comparação com o período anterior. Trata-se da terceira menor área anual desmatada desde o início da série histórica, em 1988, e a mais baixa registrado desde 2014.
Este é o terceiro ano consecutivo de queda no desmatamento na Amazônia Legal. Em 2022, por exemplo, foram derrubados 12,7 mil km² de floresta. Resultados inferiores a esse patamar só haviam sido registrados de 2011 a 2012 e 2013 a 2014, quando o bioma perdeu menos de 5 mil km² por ano de vegetação nativa.
Se considerado apenas o primeiro semestre de 2025, porém, a tendência foi reversa, com crescimento no desmatamento registrado na Amazônia.
Incêndios florestais impulsionam desmatamento
Os estados que mais contribuíram com o desmatamento entre 2024 e 2025 foram o Pará, Mato Grosso e Amazonas, que responderam, juntos, por 80% de todo do total de floresta derrubada na Amazônia Legal.
O Tocantins, que possui uma área de floresta menor que outros estados, registrou a maior queda proporcional, com 62%. O Amapá teve uma redução de 42% e Roraima, 37%.
Apesar do avanço, incêndios florestais recorde que atingiram o Brasil em 2024 contribuíram para grandes perdas de floresta primária no país.
"Ainda que exista uma queda do desmatamento, uma coisa que chama atenção é o incremento da área desmatada por degradação progressiva, com grandes incêndios florestais que chegam a levar a floresta ao colapso", afirmou o coordenador do Programa BiomasBR do Inpe, Cláudio Almeida.
Ele destaca, por exemplo, que o Mato Grosso, estado bastante afetado por incêndios no período, registrou aumento de 25% no desmatamento.
Cerrado também reduz desmatamento
Já no Cerrado, a redução foi de 11,49%. Mais de 7,2 mil km² foram desmatados no bioma, que registrou seu segundo ano consecutivo de queda no índice, após cinco de alta.
Dados do Inpe mostram que o maior percentual de desmatamento ocorreu na área do Matopiba – região de fronteira do agronegócio que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia. Juntos, eles responderam por 78% de toda a área desmatada no bioma.
Os maiores desmatadores foram o Maranhão, que responde por 28% de toda a perda florestal; Tocantins, com 21%; Piauí, com 19% e a Bahia, com 11%.
( da redação com informações do MMA e DW. Edição: Política Real)
 
					 
			 
			 
			 
			