Fernando Haddad disse que Hugo Motta teria encontrando soluções em projetos de coste de gastos e de arrecadação, que já tramitam na Câmara, para compensar perdas da MP 1303/25
Fernando Haddad falou com jornalistas na manhã desta terça-feira
Publicado em
(Brasília-DF, 28/10/2025) O ministro Fernando Haddad, da Fazenda, conversou com os jornalistas à porta do bloco sede da parta na manhã desta terça-feira, 28.
Falando sobre os projetos de interesse do Governo para compensar as perdas da não votação da MP 1303/25, ele afirmou que o presidente da Câmara, deputado Hugo Motta(Republicanos-PB) teria encontrado soluções que compensariam até 60% do que o Governo Federal precisa para fechar as contas de 2026.
Veja a íntegra da entrevista de Fernando Haddad à porta do Ministério da Fazenda:
Jornalistas: Hoje o senhor vai ter um almoço com o senador Renan Calheiros, vai ser tratado do projeto do IR? Ele vai apresentar um relatório pro senhor?
Fernando Haddad: Nós vamos trocar algumas ideias vamos conversar com ele pra que a gente pudesse fazer uma segunda reunião já fizemos uma primeira aí tem uma reunião técnica com os secretários no gabinete dele e a equipe técnica dele.
Agora vamos ver se a gente ultima o texto para levar a legislação.
Jornalista: Ministro, semana começando, quais são as expectativas com esse pacote fiscal do governo federal que deverá ser tramitado no congresso essa semana, de arrecadação, de posto de gasto, como é que está isso aí?
Fernando Haddad: Então, a parte mais em controvérsia, que é colocar um pouco de ordem na questão do gasto primário, isso possivelmente possa ser incorporado em um projeto que já está em tramitação.
O presidente Hugo me ligou várias vezes semana passada e disse que estaria, dois ou três parlamentares, estariam disponíveis para incorporar a parte em controvérsia da MP, que mal ou bem responde por 60% do problema que nós estamos resolvendo até o final do ano.
Então, vai nos deixar um conforto muito grande de resolver essa questão individual para fechar o orçamento no ano que vem com tranquilidade, como fizemos no ano passado e como fizemos no ano anterior.
Jornalistas: E quais seriam esses projetos? Seria um do metanol? Já foi, né?
Fernando Haddad: Então, o presidente Hugo, ele entende que por pertinência temática, talvez o projeto do Juscelino, do deputado Juscelino, ex-ministro, fosse o mais conveniente. Para nós, o que importa é votar.
Nós deixamos o critério dele. E parece que ele está inclinado a votar num projeto que tem pertinência temática para o tempo. O metanol não seria pertinente.
Jornalistas: Mas no metanol tem um ponto sobre compensação tributária, sobre mudanças na compensação.
Fernando Haddad: E esse conjunto de regras migraria para outro projeto que, na opinião do presidente Hugo Motta, é mais pertinente. Para nós, o importante é votar.
Porque, eu repito, esse projeto, que é uma parte substantiva da MP303, responde por pouco mais de 60% do que nós estamos resolvendo até o final do ano. Então, vai ficar fácil, depois dessa votação, vai ficar fácil encontrar um funcionamento mais simples para fechar o processo.
Jornalistas: O senhor falou de liberação da indústria, solicitando a taxação das Bets, pedindo essa taxação. Como que o senhor avalia essa solicitação e o senhor acredita que pode estar na proposta?
Fernando Haddad: Eu penso que existe na parte do Congresso, inclusive na parte do mercado, tem havido manifestações, até as Fintech fizeram uma proposta. Vocês devem ter noticiado isso. Até eles fizeram uma proposta para equalizar a relação das Fintechs e dos bancos.
Estamos avaliando para verificar, depois dessa votação dessa semana, que diz respeito aos gastos públicos, como é que nós vamos complementar, qual a melhor maneira de a gente complementar.
Jornalistas: Ministro, na semana passada, o líder do PL, o Sóstenes (Cavalcante) , disse que não iria apoiar medidas que falassem sobre arrecadação, que o senhor precisava fazer política. Como é que o senhor interpreta essa posição do PL, que pode não apoiar essas medidas?
Fernando Haddad: Eu não entendi muito bem a observação dele.
Jornalistas: O líder do PL, o Sóstenes, na semana passada...
Fernando Haddad: Eu não entendi o que ele falou.
Jornalistas: O líder do PL tem apoiado,
Fernando Haddad: ......não o PL todo, mas nós tivemos muitos votos do PL para corrigir distorções tributárias. O deputado não está sendo justo nem para os deputados da bancada dele.
A bancada do PL votou muita coisa para corrigir distorção tributária. Obviamente que não unanimemente, porque tem uma parte do PL que não dá nem para conversar. Mas a parte boa do PL, ela negocia correção de injustiças tributárias.
Por exemplo, tem uma parte do PL que é contra as Bets pagarem pouco tributo. Tem uma parte grande do PL que está com o governo na questão das Bets. Se ele não está, é um direito dele.
Mas não é verdade que todo o PL é a favor do que o governo anterior fez de manter a isenção de Bets por quatro anos. Uma parte grande do PL, até se rebelou contra o governo Bolsonaro, em virtude de um tratamento privilegiado, que nem um hospital. É em Santa Casa.
Jornalistas: E o projeto de prever corte de gastos, ministro? O senhor falou que seria aprovado com mais facilidade entre os parlamentares. Tem algum ponto que o senhor pode adiantar que está dentro dessa proposta de corte?
Fernando Haddad: O conjunto de normas tem como previsto um relatório do deputado Zaratini. Basicamente, aquele disciplinamento da despesa vai, com alguma alteração, depois de uma negociação, de redação, mas até melhorado, na minha opinião.
( da redação com informações de IA e Assessoria. Edição: Política Real)