31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil destaque para as vendas no varejo no país

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Por Politica Real com agências
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 15/10/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais em alta e no Brasil destaque para a divulgação das vendas no varejo restrito e ampliado no país.

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Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +0,6%; Nasdaq 100: +0,8%) após uma sessão volátil marcada pelas tensões comerciais com a China e à espera de novos resultados do 3T25. Hoje, Bank of America, Morgan Stanley e ASML divulgam resultados antes da abertura. Na véspera, o S&P 500 chegou a subir 0,4% e cair até 1,5% no mesmo pregão, encerrando em leve queda após o presidente Donald Trump ameaçar um embargo ao óleo de cozinha como retaliação à ausência de compras de soja pela China. O mercado segue atento aos desdobramentos da guerra comercial e aos impactos do shutdown sobre a confiança e o guidance das empresas, em meio à sinalização do presidente do Fed, Jerome Powell, de que o banco central se aproxima do fim da redução do balanço e considera novos cortes de juros.

Na Europa, as bolsas avançam (Stoxx 600: +0,7%), impulsionado pelas ações de luxo. Na França, o CAC 40 sobe +2,6%, com investidores monitorando o novo governo do primeiro-ministro Sébastien Lecornu, que anunciou a suspensão da reforma da previdência até 2027. O setor de luxo é o destaque do dia: LVMH (+13,7%), Christian Dior (+13,5%), Kering (+6,7%), Moncler (+9,0%) e Burberry (+7,0%). Em contrapartida, o setor de defesa recua. Entre as perdas individuais, Michelin recua 9,7% após revisar para baixo suas projeções anuais, citando tarifas e fraqueza no mercado norte-americano.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +1,5%; HSI: +1,8%), acompanhando a recuperação em tecnologia e commodities após as fortes quedas da semana anterior. Os índices asiáticos reagiram em sentido contrário a Wall Street, com ganhos também no Japão (Nikkei 225: +1,8%) e Coreia do Sul (Kospi: +2,7%). No campo macroeconômico, a inflação ao consumidor na China caiu 0,3% A/A em setembro, enquanto o índice de preços ao produtor manteve-se em deflação, refletindo a demanda interna enfraquecida e as incertezas comerciais.

IBOVESPA -0,07% | 141.682 Pontos.  CÂMBIO +0,11% | 5,47/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira próximo da estabilidade, com leve queda de 0,1%, aos 141.693 pontos. Os mercados locais mantiveram um tom cauteloso no curto prazo, em meio à reescalada das tensões comerciais entre EUA e China e o aumento das preocupações fiscais após a derrubada da MP 1.303 no Congresso. No cenário internacional, o destaque foi o discurso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que afirmou que a economia americana “pode estar em uma trajetória um pouco mais firme do que o esperado”, embora tenha ressaltado que ainda existem riscos significativos para o mercado de trabalho.

Embraer (EMBR3, +4,9%) avançou após anunciar que a empresa TrueNoord encomendou 20 jatos E195-E2, em um contrato avaliado em US$ 1,8 bilhão, além de realizar o seu Investor Day 2025. Na ponta negativa, MBRF (MBRF3, -3,7%) recuou em movimento técnico, ampliando as perdas de 4,2% registradas no pregão anterior. Desde o seu último pico, em 16 de setembro, o papel acumula uma queda de 44,4%.

Nesta quarta-feira, o destaque da agenda doméstica será a Pesquisa Mensal do Comércio referente a agosto. No cenário global, a temporada de resultados do 3T25 continua com a divulgação dos balanços de ASML, Bank of America e Morgan Stanley.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira em queda ao longo da curva, acompanhando o movimento dos mercados internacionais em um dia de agenda doméstica esvaziada. Nos Estados Unidos, a queda nas taxas das Treasuries foi impulsionada pela leitura do mercado de que a postura do presidente do Federal Reserve foi mais inclinada à flexibilização monetária, o que acabou prevalecendo sobre as preocupações com as tensões comerciais entre EUA e China. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,48% (-2,71bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,02% (-0,93bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (- 0,2bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14% (- 1bp); DI jan/29 em 13,36% (- 3,1bps); DI jan/31 em 13,65% (- 2bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira em alta de 0,15%. Os FIIs de papel foram o destaque positivo da sessão, com avanço médio de 0,19%, enquanto os FIIs de tijolo registraram variação média de 0,07%. O movimento foi influenciado pelo fechamento da curva de juros, em um dia marcado por uma agenda doméstica sem grandes eventos que impactassem diretamente os fundos imobiliários. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se PATL11 (+2,0%), LIFE11 (+1,9%) e OUJP11 (+1,8%). Por outro lado, as principais quedas ficaram com RBRL11 (-1,2%), VGRI11 (1,1%) e IRDM11 (-1,0%).

Economia

O FMI elevou sua projeção para o crescimento global de 3,0% para 3,2% neste ano em função do impacto menos adverso dos choques tarifários e das condições financeiras. Na China, o índice de preços ao consumidor de setembro mostrou queda de 0,3% na comparação anual, enquanto os preços ao produtor tiveram queda de 2,3%. No Brasil, o setor de serviços mostrou crescimento pelo sétimo mês consecutivo, com alta real de 0,1% na receita em relação ao mês anterior e 2,5% ante o ano anterior. Quatro das cinco principais categorias apresentaram avanço.

Na agenda do dia, destaque para a divulgação das vendas no varejo restrito e ampliado no Brasil. Projetamos alta de 0,2% ante o mês anterior (com ajuste) para o varejo restrito e de 0,7% para o varejo ampliado. Lá fora, teremos os discursos dos dirigentes do Fed Stephen Miran e Christopher Waller, bem como para o Livro Bege da instituição.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)