DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil destaque para divulgação da PNAD contínua do último trimestre
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(Brasília-DF, 30/09/2025) A Politica Real teve acesso ao relatório “Moorning Call”da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em baixa e no Brasil atençao para divulgação da Pnad contínua.
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Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,1%) em meio ao risco de paralisação do governo federal. Embora shutdowns raramente movimentem os mercados, desta vez o receio é maior, já que investidores estão atentos à desaceleração do mercado de trabalho, ao risco de estagflação e às altas avaliações das ações. Além disso, o payroll de setembro, previsto para sexta-feira, pode não ser divulgado caso a paralisação se confirme. Apesar da cautela, setembro caminha para encerrar com ganhos robustos, com o S&P 500 avançando mais de 3% e o Nasdaq acumulando alta de 5,3%.
Na Europa, as bolsas caem (Stoxx 600: -0,1%), refletindo o nervosismo global em torno das tarifas americanas e do impasse político nos EUA. Pandora despencou 3,5% após anunciar a saída de seu CEO, enquanto o setor de consumo acompanha declarações de Donald Trump sobre tarifas de 10% sobre madeira e de até 25% em móveis importados. No Reino Unido, o Partido Trabalhista segue com sua conferência anual, e a expectativa cresce em torno do Orçamento de outono.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,5%; Hang Seng: +0,9%), após dados oficiais mostrarem contração da manufatura pelo sexto mês seguido, mas em ritmo mais brando (PMI oficial: 49,8). Já a pesquisa privada RatingDog surpreendeu positivamente, com PMI em 51,2. Em Hong Kong, o índice de tecnologia subiu 2,4% e a estreia da Zijin Gold disparou mais de 60%. No Japão, o Nikkei recuou -0,3%, enquanto na Austrália o índice caiu -0,2% após o Banco Central manter os juros em 3,6%.
IBOVESPA +0,61% | 146.336 Pontos. CÂMBIO -0,24% | 5,32/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em alta de 0,6%, aos 146.336 pontos, mantendo a sua tendência positiva e renovando a máxima histórica intradiária de 147.558 pontos.
Entre as ações, Eletrobras (ELET3, +4,3%; ELET6, +3,9%) subiu após revisão positiva do preço-alvo dos papéis da companhia por um banco de investimentos. Na ponta negativa, Braskem (BRKM5, -5,1%) estendeu as perdas do último pregão, quando caiu 14,8% após anunciar a contratação de assessores financeiros e jurídicos para revisar sua estrutura de capital. Nesta segunda-feira, a S&P rebaixou o rating global da companhia para CCC-, com perspectiva negativa, adicionando pressão sobre o papel.
Para o pregão desta terça-feira, os destaques da agenda são a divulgação do relatório Jolts nos EUA e a taxa de desemprego no Brasil, ambos referentes a agosto. O foco da semana segue sendo a divulgação do relatório de empregos de agosto nos EUA na sexta-feira (3).
Na cobertura de ações, estamos rebaixando AmBev (ABEV3) para Venda (de Neutro) com preço-alvo baseado em DCF de R$ 10,9/ação (de R$ 13,4/ação). Entenda aqui.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura ao longo da curva. No Brasil, o movimento foi impulsionado pelas declarações do presidente do Banco Central e do diretor de política econômica, que reforçaram uma postura mais cautelosa da autoridade monetária. Nos Estados Unidos, o impasse orçamentário no Congresso elevou o risco de paralisação do governo, o que enfraqueceu o dólar no mercado internacional e teve reflexo no fechamento dos títulos soberanos. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,63% (-2,05bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,16% (-2,38bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,1bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,07% (+2,8bps); DI jan/29 em 13,29% (+5,9bps); DI jan/31 em 13,49% (+5,3bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a segunda-feira em alta de 0,10%, acumulando ganhos de 3,04% em setembro e 14,95% no ano. Os FIIs de Tijolo foram o destaque positivo da sessão, com avanço médio de 0,16%. Já os FIIs de Papel registraram variação média de 0,09%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se TRBL11 (+2,8%), XPSF11 (+2,1%) e VRTA11 (+1,8%). Por outro lado, as principais quedas ficaram com RECR11 (-1,6%), HSLG11 (-1,2%) e TGAR11 (-1,2%).
Economia
Expectativas de aumento da oferta pela Opep+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo, grupo que coordena a oferta de petróleo entre os membros para influenciar o mercado global) e sinais de um possível cessar-fogo no conflito em Gaza levaram o preço do petróleo — precificado pelo Brent, referência global — a recuar cerca de 3%, para US$ 67 por barril.
No Brasil, o relatório do Caged indicou desaceleração na criação de vagas e em diversos setores da economia, reforçando a perspectiva de arrefecimento gradual da atividade. Na seara fiscal, o governo apresentou um déficit menor que o esperado, mas a tendência é de desaceleração da arrecadação, enquanto as pressões do lado das despesas permanecem como um sinal de alerta.
Na agenda internacional, o destaque fica para a divulgação do relatório Jolts de abertura de postos de trabalho nos Estados Unidos em agosto.
No Brasil, o destaque fica para a divulgação da Pnad com a taxa de desemprego. Além disso, diversos indicadores fiscais referentes a agosto, incluindo endividamento do governo e resultado primário do setor público consolidado, que esperamos déficit de R$ 13,7 bilhões.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)