DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil expectativa para divulga;cão do IPCA-15 e do Relatório de Política Monetária (RPM) do 3º trimestre
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(Brasília-DF, 25/09/2025) A Política Real informa que os mercados globais estão em recuo, segundo a XP Investimentos, e no Brasil a atenção se dá a divulgação do IPCA-15 de setembro e mais tarde a divulgação do Relatório de Política Monetária (RPM) do 3º trimestre pelo BC.
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Nesta quinta-feira, os futuros nos EUA recuam (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,2%), após dois dias de queda dos índices, puxados pela realização em ações ligadas à inteligência artificial como Nvidia, Oracle e Micron. O movimento reflete preocupações com valuations elevados e relações circulares no setor após recentes anúncios de investimentos. No pré-mercado, Intel avança 3,7%, com alta de 6,4% no dia anterior, após notícias de que busca um aporte da Apple. Investidores aguardam dados semanais de pedidos de seguro-desemprego e o PCE, índice de inflação preferido do Fed, que será divulgado na sexta-feira.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,5%), com perdas generalizadas, embora o setor de varejo tenha se destacado (+1,2%) após os resultados melhores que o esperado da H&M (+10,5%). Já empresas de tecnologia médica sofreram forte queda depois dos EUA abrirem uma investigação de segurança nacional sobre importações do setor, levantando temores de novas tarifas. Investidores também acompanham indicadores de confiança do consumidor na Alemanha e França, que seguem em níveis historicamente baixos.
Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,6%; HSI: -0,1%), com destaque para a estreia da montadora Chery em Hong Kong, que chegou a subir 11% antes de reduzir ganhos e fechar em alta de 3,8%. Xiaomi avançou 3,7% após lançar novos smartphones e eletrodomésticos, mirando a concorrência com a Samsung. No continente, a recuperação foi mais ampla, com ganhos em empresas de consumo e tecnologia.
IBOVESPA +0,05% | 146.491 Pontos. CÂMBIO +0,89% | 5,33/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quarta-feira próximo à estabilidade, com leve alta de 0,05%, aos 146.491 pontos. O desempenho foi sustentado por Petrobras (PETR3, +2,6%; PETR4, +2,3%), após a valorização dos preços do petróleo e a aprovação, pelo Ibama, do resultado da simulação da companhia na Foz do Amazonas.
O destaque positivo do dia foi Cosan (CSAN3, +5,7%), em movimento de recuperação após a queda de 18,1% na segunda-feira (22), quando anunciou um aumento de capital de R$ 10 bilhões a R$ 5,00 por ação. Na ponta negativa, Natura (NATU3, -2,5%) devolveu parte dos ganhos recentes: desde a forte alta de 16,5% na última quinta-feira (18), após anunciar a venda da Avon International (exceto a operação na Rússia), o papel já acumula queda de 13,2%.
Nesta quinta-feira, a agenda econômica inclui a divulgação do IPCA-15 de setembro e o Relatório Trimestral de Política Monetária do Banco Central.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura ao longo da curva. No Brasil, a curva foi influenciada principalmente pelo cenário externo. No âmbito local, o parecer da MP 1303 — que propõe tributação de 7,5% sobre LCAs e LCIs — foi publicado, com votação adiada para 30/09.
Nos Estados Unidos, autoridades do Fed, incluindo Jerome Powell, adotaram tom conservador quanto à continuidade dos cortes de juros, elevando a cautela dos investidores. Críticas de membros do governo à atuação do Fed também geraram ruídos no mercado. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,60% (+1,8bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,15% (+4,6bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,8bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,01% (+3bps); DI jan/29 em 13,18% (+4,1bps); DI jan/31 em 13,35% (+2,5bps).
IFIX
O IFIX fechou a quarta-feira com avanço marginal de 0,03%, acumulando alta de 2,53% em setembro e 14,38% no ano. O movimento ocorreu em um dia de agenda doméstica sem grandes eventos para FIIs, mas sob influência do tom mais conservador adotado por autoridades do Fed em relação à política monetária.
No campo regulatório, ganhou destaque a divulgação do parecer da MP 1.303, cuja votação foi adiada para 30/09. O texto apresentado manteve a isenção de IR sobre dividendos de FIIs e Fiagros, desde que os fundos possuam pelo menos 100 cotistas.
No desempenho setorial, os fundos de tijolo registraram alta média de 0,19%, enquanto os fundos de papel recuaram 0,08%. Entre as maiores valorizações, destacaram-se TOPP11 (1,6%), RBRP11 (1,6%) e RBFF11 (1,4%). Já entre as principais quedas, figuraram JSAF11 (-1,8%), KIVO11 (-1,6%) e BROF11 (-1,4%).
Economia
Ontem, a chamada PEC da Blindagem, que permitiria ao Congresso interromper processos criminais contra deputados e senadores, foi rejeitada pela Comissão de Constituição e Justiça do Senado. Houve 26 votos contra a proposta, e nenhum a favor. Com a unanimidade, o regimento determina o arquivamento da proposta.
Hoje, o Banco Central divulgará o Relatório de Política Monetária (RPM) do 3º trimestre. O mercado estará bastante atento à provável revisão nas estimativas de hiato do PIB, que parecem ter contribuído para a manutenção da projeção de inflação em 3,4% no atual horizonte relevante de política monetária (1º trimestre de 2027). O IPCA-15 de setembro (prévia da inflação mensal) também será publicado pela manhã. Esperamos alta de 0,50% em comparação a agosto e de 5,35% no acumulado em 12 meses. Novamente, os grupos de preços de alimentos e bens industrializados devem apresentar dinâmica benigna, enquanto os grupos de serviços (especialmente os mais sensíveis ao mercado de trabalho) tendem a seguir pressionados.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)