DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil divulgação do índice de confiança do consumidor da FGV
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(Brasília-DF, 24/09/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil atenção para a divulgação do índice de confiança do consumidor da FGV no Brasil.
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Mercados globais
Nesta quarta-feira, Os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,3%) após a queda na véspera, quando o S&P 500 recuou 0,6% e o Nasdaq quase 1%, interrompendo a sequência de recordes. O movimento refletiu preocupações com a sustentabilidade do rali de inteligência artificial, após a parceria Nvidia-OpenAI levantar dúvidas sobre energia e risco de financiamento de clientes. A Micron avança no pré-mercado, com receita trimestral em alta de 46% impulsionada pela demanda em IA.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,3%), pressionado por alertas de Jerome Powell sobre valuations elevados. O setor de defesa, porém, se destacou após o presidente Donald Trump adotar tom mais firme sobre a guerra na Ucrânia, afirmando que o país pode recuperar todo o território com apoio da UE e da OTAN.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +1,0%; HSI: +1,4%), mesmo com os impactos do supertufão Ragasa em Hong Kong. O movimento foi puxado pela Alibaba, após o CEO Eddie Wu anunciar investimento de 380 bilhões de yuans (US$ 53 bilhões) em infraestrutura de IA e a apresentação do novo modelo Qwen3-Max.
IBOVESPA +0,91% | 146.424 Pontos. CÂMBIO -1,09% | 5,28/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira em alta de 0,9%, aos 146.424 pontos. O cenário político seguiu no radar dos investidores após, durante a Assembleia Geral da ONU, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmar que se reunirá com Lula na próxima semana e elogiar o presidente brasileiro. Os ativos locais terminaram o dia com desempenho positivo: a curva de juros fechou e o dólar recuou 1,0%, para R$ 5,28.
Como resultado, papéis mais sensíveis aos juros subiram, como Pão de Açúcar (PCAR3, +4,1%), RD Saúde (RADL3, +3,9%) e Localiza (RENT3, +3,7%). Na ponta negativa, as ações da MBRF (MBRF3, -6,7%) recuaram em sua estreia na Bolsa brasileira.
Nesta quarta-feira, o destaque da agenda econômica doméstica será a divulgação dos dados de confiança do consumidor referentes a setembro no Brasil. Nos EUA, destaque para a publicação dos dados de vendas de casas novas de agosto.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, o sentimento do mercado melhorou após elogios de Donald Trump ao presidente Lula e o anúncio de uma reunião entre ambos na próxima semana. A postergação do parecer da MP 1303, que propõe tributação de 7,5% sobre LCAs e LCIs, também ficou no radar dos investidores. Nos Estados Unidos, Jerome Powell não sinalizou apoio a novos cortes de juros, mas seu balanço de riscos foi interpretado pelo mercado como baixista. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,59% (-2,8bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,10% (-4,6bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,5bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,99% (- 3,8bps); DI jan/29 em 13,14% (- 8,6bps); DI jan/31 em 13,33% (- 7,9bps).
IFIX
O IFIX encerrou a terça-feira em alta de 0,14%, acumulando valorização de 2,50% no mês. O movimento foi impulsionado pelo desempenho positivo dos fundos de tijolo (+0,32%), enquanto os fundos de papel recuaram marginalmente 0,02%. A alta refletiu o fechamento da curva de juros após melhora na percepção de risco, com o alívio das tensões entre EUA e Brasil. Além disso, a MP 1.303, que propunha o fim da isenção de IR para FIIs e Fiagros, permaneceu no radar, mas ajustes apresentados pelo relator indicam a manutenção da isenção para essas classes.
Entre as maiores altas do dia, destacaram-se HSAF11 (2,7%), KIVO11 (2,3%) e HGRE11 (2,1%). Já entre as principais quedas, figuraram SNFF11 (-1,7%), RBFF11 (-1,6%) e BLMG11 (-1,2%).
Economia
Nos Estados Unidos, dados do índice de gerentes de compras (PMI) da manufatura e dos serviços mostraram quedas na margem e ficaram abaixo das expectativas, mas continuaram mostrando expansão da economia. Já o déficit em conta corrente registrou a maior contração já observada, atingindo US$ 251,3 bilhões, caindo de 5,9% do PIB para 3,3% do PIB. No Japão dados do PMI mostraram uma manufatura ainda em queda, mas serviços em território positivo. No geral, a economia permanece crescendo, mas a um ritmo mais lento que o verificado anteriormente.
No Brasil, a ata do Copom reforçou uma postura mais dura ante a inflação e destacou que, embora existam sinais de moderação da atividade econômica e inflação no curto prazo, os riscos permanecem altos, indicando que deve manter os juros no atual patamar. A arrecadação tributária de agosto mostrou queda real de 1,5% ante o ano anterior, puxada pelo desempenho mais fraco de IRPJ/CSLL e PIS/Cofins em função do desempenho mais fraco da atividade econômica e da descompressão de preços.
Na agenda do dia, teremos dados de vendas de moradias novas e discurso da presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, nos Estados Unidos, o índice de confiança do consumidor da FGV no Brasil.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)