Mercado avalia a Ata do Copom como indicador de um conselho “seguro” e que o atual patamar de juros é “terminal”
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Da redação com assessorias
(Brasília-DF, 23/09/2025) O Mercado, com seus agentes, logo após a divulgação da íntegra da Ata do Copom começou a fazer avaliações.
Eles avaliaram, em sua maioria, que o Copom sinaliza que abandona a referência à “interrupção do ciclo” e sinaliza que o atual patamar de juros é o terminal. O texto mostra um Copom seguro de suas posições.
Evidencia-se , desta feita, uma ata na transição de estágio do ciclo monetário, na qual o Banco Central reconhece que os principais indicadores econômicos se comportam em linha com suas expectativas. A atividade apresenta moderação gradual, o mercado de trabalho continua dinâmico e o crédito mostra sinais mais nítidos de desaceleração.
Acrescente-se a isso o ambiente externo mais favorável, com a expectativa de início do ciclo de cortes nos juros americanos, que também contribui para a valorização do real e para um cenário de desinflação beneficiado por câmbio e commodities. As avaliações recentes da inflação corrente têm apresentado dinâmica benigna. Doutra forma, a inflação de serviços segue resiliente, refletindo um mercado de trabalho ainda aquecido e a força da demanda em algumas categorias.
Pela face das expectativas, verifica-se nas últimas semanas uma sequência de revisões para baixo nas projeções do IPCA nas pesquisas Focus, o que sugere um movimento gradual de reancoragem. Adicionalmente, potenciais vetores de divergência em relação ao cenário central, como a adoção de estímulos fiscais ou creditícios mais fortes, não se concretizaram até o momento, o que dá sustentação à estratégia do Comitê.
Apesar do tom confiante, a ata não aborda dois pontos centrais que marcaram o debate desde o último comunicado: a evolução das projeções de inflação no modelo do Banco Central e a possível revisão do hiato do produto. Ambos os temas foram deixados para o Relatório de Política Monetária (RPM), a ser divulgado na quinta-feira.
( da redação com assessorias. Edição: Política Real)