Setores do mercado avaliam que IPCA-15 de setembro deve chegar a 0,54%; números serão divulgados nesta quarta-feira

(Brasília-DF, 23/09/2025)  Agentes do Mercado, ao qual a Política Real teve acesso, projetam que o IPCA-15 de setembro deve acelerar a +0,54% no mês, levando a inflação acumulada em 12 meses para 5,38%. Esse resultado representa uma alta de 68 pontos-base em relação ao IPCA-15 de agosto, quando havia sido registrada deflação de -0,14%.

Mercados avalia que o grupo Habitação é o que deve mais avançar após um recuo  em agosto. A pressão vem, sobretudo, de energia elétrica, com estimativa de +11,95% frente a -4,93% em agosto. Esse movimento reflete a devolução do bônus de Itaipu concedido no mês passado. Vale lembrar que setembro temos a continuidade da bandeira tarifária vermelha 2. Já aluguéis e taxas devem seguir em ritmo bem comportado: mercado projeta alta para aluguel residencial e para condomínio.

Entre os demais grupos, Transportes também deve contribuir para a aceleração. O destaque é a passagem aérea, com alta de cerca de +2%, após recuo de -2,59% no mês anterior. Esse avanço deve pressionar não apenas o IPCA-15, mas também o índice cheio de setembro, devido à metodologia de repetição de valores do IBGE.

Além disso, espera-se elevações em táxi e aplicativos de transporte, por reajustes locais. Já a gasolina deve apresentar mais um print deflacionário, ainda que em menor intensidade.

Projeta-se alta em eletroeletrônicos, revertendo a queda no mês anterior. Por outro lado, higiene pessoal deve aliviar a inflação.

O grupo de Alimentação no domicílio deve seguir em deflação. Entre as leguminosas, projeta-se queda, com destaque para arroz e feijão (. Para as carnes, a expectativa é de leve alta, após forte queda em agosto. Já os in natura devem manter trajetória de recuo, puxados pelos tubérculos.

Dentro do grupo, a alimentação fora do domicílio deve desacelerar, enquanto despesas pessoais devem cair para, refletindo a devolução do item jogos de azar.

Entre as contribuições baixistas adicionais, destaca-se os cursos regulares, que devem devolver o reajuste de agosto. O item cinema também deve registrar nova deflação reflexo da 'semana do cinema' ocorrida entre 27 de agosto e 02 de setembro, cujo efeito será compensado no IPCA cheio.

Mercado, em vários setores, estima inflação para o final de 2025 e 2026, em 4,66% e 4,6%, respectivamente.

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)