31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e divulgação da Ata do Copom

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Por Política Real com agências
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Mercados em estabilidade Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 23/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em sinais estáveis e no Brasil expectativa da divulgação da Ata do Copom.

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Nesta terça-feira, os futuros nos EUA operam estáveis pela manhã (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%) após os três principais índices encerrarem o pregão anterior em máximas históricas. O rali foi impulsionado pela Nvidia (+3,9%), que anunciou investimento de US$ 100 bilhões na OpenAI para construção de data centers. Apesar do entusiasmo, o valuation elevado pode gerar uma maior sensibilidade a más notícias, necessitando maior atenção do investidor. Enquanto isso, o mercado aguarda o PCE (índice de inflação preferido do Fed), que será divulgado na sexta-feira.

Na Europa, as bolsas avançam (Stoxx 600: +0,5%), com destaque para o setor de semicondutores, que acompanha a valorização da Nvidia nos EUA. Aliado às notícias positivas no campo tecnológico, o otimismo é reforçado pela revisão para cima das projeções de crescimento global feitas pela OCDE.

Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: estável; HSI: -1,0%), com pressões geradas pela aproximação do supertufão Ragasa em Hong Kong. O ambiente também segue marcado pela expectativa de que o próximo encontro entre Donald Trump e Xi Jinping ocorra apenas em 2026, segundo o embaixador dos EUA em Pequim. Já em Taiwan, o índice saltou +1,4% para nova máxima histórica, refletindo o rali global em tecnologia.

Economia

O governo norte-americano anunciou sanções contra esposa do ministro Alexandre de Moraes. Sobre o Fed (banco central dos EUA), o novo diretor, Stephen Miran, indicado por Donald Trump, afirmou que os juros deveriam estar mais próximos dos 2%, defendendo dois cortes de 0,5 p.p., divergindo do consenso do Fed. No Brasil, o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, divulgado bimestralmente, ampliou o bloqueio para R$ 12,1 bilhões.

Na agenda internacional, destaque para a divulgação do Balanço de Pagamentos nos EUA e para os PMI – sondagens com empresários sobre as condições econômicas dos setores – no Japão e nos EUA.

IBOVESPA – 0,52% | 145.109 Pontos.      CÂMBIO + 0,32% | 5,34/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a segunda-feira em queda de 0,5%, aos 145.109 pontos. O mercado direcionou suas atenções para o cenário político, após às manifestações populares realizadas no último domingo (21) e à aplicação de novas sanções pelos EUA contra autoridades brasileiras, incluindo a extensão da Lei Magnitsky à esposa do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.

O principal destaque positivo do dia foi Embraer (EMBR3, +4,6%), após a companhia anunciar um novo pedido da Latam Airlines para 24 aeronaves E195-E2, além de 50 opções de compra (veja aqui a nota completa dos nossos analistas). Na ponta negativa, Cosan (CSAN3, -18,1%) recuou, repercutindo o anúncio de um aumento de capital de R$ 10 bilhões, cujas ofertas serão realizadas a R$ 5/ação, com o objetivo de melhorar a estrutura de capital da empresa (veja aqui o comentário completo).

Nesta terça-feira, o destaque da agenda econômica será a divulgação da Ata do Copom no Brasil. Nos EUA e Zona do Euro, teremos a divulgação dos PMIs de manufatura e serviços referentes a setembro.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura ao longo da curva. Nos EUA, os juros dos títulos soberanos avançaram nesta segunda-feira, após autoridades do Fed sinalizarem cautela quanto à perspectiva de cortes sucessivos na taxa básica, contrariando o otimismo recente do mercado. Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,61% (+3,78bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,15% (+2,17bps). No Brasil, o movimento acompanhou o cenário externo, mas foi impulsionado por uma leitura política mais favorável ao governo atual por parte dos investidores devido ao anúncio de medidas como gratuidade da tarifa de ônibus e um aumento dos repasses do Bolsa Família. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (+0,4bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,05% (+7,2bps); DI jan/29 em 13,26% (+12,9bps); DI jan/31 em 13,44% (+13,4bps).

IFIX

O IFIX encerrou a segunda-feira em queda de 0,24%, em um pregão marcado pela abertura da curva de juros no Brasil. No cenário doméstico, o destaque foi a leitura política, com sinais mais favoráveis ao governo e a aplicação de novas sanções pelos EUA.

Setorialmente, tanto fundos de papel quanto de tijolo recuaram, com quedas médias de 0,32% e 0,31%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se RCRB11 (+2,4%), TRBL11 (+1,9%) e JSAF11 (+1,4%). Já as principais quedas foram de CACR11 (-5,4%), GZIT11 (-2,9%) e OUJP11 (-2,3%).

No Brasil, destaque para a divulgação da Ata do Copom. O documento detalhará o debate por trás da decisão na última reunião de política monetária.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)