31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em queda e no Brasil será divulgado o IPCA-15

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Por Política Real com agências
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Mercados em queda Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 22/09/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em queda e no Brasil expectativa para divulgação da integra da ata do Copom e que será divulga o IPCA 15.

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Mercados globais

Nesta segunda-feira, os futuros nos EUA operam em queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,4%) após uma semana forte, em que o S&P 500 (+1,2%) e o Nasdaq (+2,2%) encerraram em novos recordes. O Russell 2000, índice de small caps, também avançou 2,2%, acumulando sete semanas seguidas de alta. O movimento veio após o Fed cortar juros em 25 bps, reforçando a percepção de viés dovish diante da fraqueza no mercado de trabalho. Investidores agora precificam dois cortes adicionais até o fim do ano e aguardam o PCE, índice de inflação preferido do Fed, nos próximos dias.

Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,3%), com destaque para o setor automotivo após a Porsche cortar sua projeção de lucro para 2025 e adiar lançamentos de modelos elétricos diante da demanda fraca. Volkswagen também caiu 5,5% como consequência da notícia. O mercado repercute ainda a decisão do governo Trump de elevar a taxa de aplicação para vistos H-1B a US$ 100 mil, medida que pode afetar grandes companhias de tecnologia que dependem desse tipo de mão de obra.

Na China, os mercados fecharam mistos (CSI 300: +0,5%; HSI: -0,8%) após o banco central manter as taxas primárias de empréstimo (LPR) inalteradas pelo quarto mês seguido (um ano em 3,0% e cinco anos em 3,5%). O movimento refletiu cautela em relação ao setor imobiliário, cujo investimento acumulado no ano recuou 12,9%. Por outro lado, no Japão o Nikkei 225 (+1,0%) renovou recorde histórico, apoiado pelo rali de ações de semicondutores.

O Banco Popular da China manteve as taxas básicas de empréstimo de um e cinco anos em 3,0% e 3,5%, respectivamente, pelo quarto mês consecutivo, em linha com as expectativas. A decisão reflete a postura cautelosa da autoridade em adotar estímulos monetários, mesmo diante de sinais de desaceleração doméstica.

Na agenda internacional desta semana, destaque para a inflação ao consumidor de agosto medida pelo PCE e os dados revisados do PIB do 2º trimestre – ambos referentes aos Estados Unidos. Ademais, leituras de PMIs serão divulgadas. Por fim, vários diretores do Fed discursarão ao longo da semana.

IBOVESPA +0,25% | 145.865 Pontos.  CÂMBIO +0,02% | 5,32/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a semana passada em alta de 2,5% em reais e 3,1% em dólares, aos 145.865 pontos. A semana foi marcada por decisões relevantes de política monetária ao redor do mundo.

O destaque positivo da semana foi Natura (NATU3, +12,6%), após o anúncio da venda da Avon International, restando apenas a operação da Avon Rússia a ser desinvestida (veja aqui o comentário dos nossos analistas).

Na ponta negativa, a Marfrig (MRFG3, -3,0%) recuou em movimento técnico, enquanto os investidores aguardam a conclusão da fusão com a BRF (BRFS3, +0,6%), cujos papéis passarão a ser negociados sob um único código a partir de 23 de setembro.

Clique aqui para acessar o Resumo Semanal da Bolsa.

Renda Fixa

No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento ao longo da curva, refletindo o cenário das recentes decisões de política monetária. As taxas de juro real permaneceram estáveis, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2032 terminando em 7,73% a.a. (vs. 7,74% na semana anterior). O DI jan/26 encerrou em 14,89% (-1bp no comparativo semanal); DI jan/27 em 14% (-2,5bps); DI jan/29 em 13,15% (-6,5bps); DI jan/31 em 13,31% (-12,5bps); DI jan/35 em 13,4% (-16,5bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,58% (+2,3bps vs. semana anterior), enquanto os de dez anos em 4,13% (+6,1bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) registrou alta de 0,91% na última semana. Entre os principais segmentos, os FIIs de papel que compõem o índice apresentaram desempenho médio de 0,33%, enquanto os fundos de tijolo tiveram performance média de 1,41%. A agenda econômica da semana teve como destaque a reunião do Copom, que manteve a taxa Selic em 15,00% ao ano, com sinalização de política monetária restritiva por mais tempo. Apesar disso, o IFIX avançou, renovando máxima histórica aos 3.566,87 pontos, impulsionado pelo corte de 25 bps nos juros pelo Fed e expectativa de novos cortes.

Entre as maiores valorizações, destacaram-se HGBS11 (2,4%), RECR11 (2,2%) e BRCR11 (2,1%). Já entre as principais quedas, figuraram KNCR11 (-1,5%), KNRI11 (-1,2%) e PMISS11 (-1,1%).

Economia

No Brasil, o Banco Central divulgará a Ata do Copom e o Relatório de Política Monetária, os principais relatórios de política monetária da autoridade. Ainda durante a semana, teremos a divulgação do IPCA-15 de setembro. Na seara fiscal, a equipe econômica do governo divulga hoje o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias e a Receita Federal deve divulgar a arrecadação tributária federal de agosto. A semana encerra com a publicação dos dados do Balanço de Pagamentos.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)