DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em estabilidade e no Brasil sem grandes destaques nas divulgações de índices
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(Brasília-DF, 19/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em sinais estáveis e no Brasil não haverá divulgação de dados importantes.
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Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam estáveis (S&P 500: 0,0%; Nasdaq 100: 0,0%) após a forte sessão da véspera, quando os três índices renovaram recordes de fechamento. O destaque ficou para o Russell 2000 (+2,5%), que atingiu recorde pela primeira vez desde 2021, com investidores sustentados por números sólidos da temporada de resultados e o recente corte de juros do Fed.
Na Europa, o mercado opera em leve queda (Stoxx 600: -0,1%), acompanhando a expectativa pela ligação entre Donald Trump e Xi Jinping nesta sexta-feira, após avanços nas negociações comerciais em Madrid nesta semana envolvendo o TikTok. O índice caminha para encerrar a semana praticamente estável.
Na China, os mercados fecharam com pouca variação (CSI 300: +0,1; HSI: estável). O foco ficou na oferta pública inicial da Zijin Gold, subsidiária da gigante Zijin Mining, que busca levantar US$ 3,2 bilhões em Hong Kong. No Japão, o Nikkei 225 recuou -0,6% após o Banco do Japão manter a taxa em 0,5%, em linha com as expectativas.
Nos EUA, os pedidos iniciais de seguro-desemprego totalizaram 231 mil na semana passada, abaixo da expectativa de mercado (240 mil) e da leitura anterior (264 mil). Esses resultados contrastaram com as preocupações recentes de uma deterioração aguda no mercado de trabalho local, o que levou o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a retomar o ciclo de flexibilização monetária, a despeito da inflação relativamente alta. Ainda, um grupo de senadores apresentou uma resolução para cancelar as tarifas adicionais de 40% impostas aos produtos brasileiros. Na Inglaterra, o banco central manteve a taxa básica de juros em 4,00%, após corte de 0,25 p.p. na reunião de agosto. A autoridade segue reconhecendo riscos inflacionários persistentes (sobretudo em serviços e salários) e deverá esperar por maiores evidências de desinflação para a retomada do ciclo de cortes. No Japão, o banco central manteve a taxa básica de juros em 0,5%. A inflação fora da meta e a incerteza política após renúncia do primeiro-ministro foram as principais justificativas para a decisão
IBOVESPA -0,06% | 145.499 Pontos. CÂMBIO +0,34% | 5,32/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a quinta-feira próximo da estabilidade, com leve queda de 0,1%, aos 145.499 pontos. Os investidores repercutiram a decisão do Copom, divulgada após o fechamento de quarta-feira. Apesar da manutenção da Selic em 15,00% ter vindo em linha com as expectativas, o comunicado manteve um tom duro, reforçando preocupações com a inflação fora da meta.
As ações da Natura (NATU3, +16,5%) subiram após a companhia anunciar a venda da Avon International, restando apenas a operação da Avon Rússia a ser desinvestida (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Na ponta negativa, Usiminas (USIM5, -5,4%) recuou, em linha com a queda nos preços do minério de ferro.
Nesta sexta-feira, o principal destaque da agenda econômica será a decisão de política monetária na China.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com abertura ao longo da curva. No Brasil, o movimento foi reflexo da percepção de que os cortes na Selic só devem se concretizar partir do primeiro trimestre do ano que vem. Nos EUA, a alta das Treasuries refletiu a certa desconfiança do mercado quanto à autonomia do Fed, em meio às pressões políticas exercidas pelo presidente Trump, embora a flexibilização monetária anunciada ontem tenha sido, em parte, respaldada pelos dados mais fracos do mercado de trabalho divulgados nos últimos meses. Assim, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,56% (+0,45bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,10% (+2,39bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (+0,5bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14% (+4,5bps); DI jan/29 em 13,11% (+3,5bps); DI jan/31 em 13,28% (+1,5bps).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira (18) com queda de 0,25%, realizando uma pequena correção após renovar sua máxima histórica na quarta-feira (17). O movimento foi pela abertura da curva de juros futuras ao longo da curva.
No desempenho setorial, os fundos de papel e os fundos de tijolos apresentaram recuo médio de 0,29% e 0,30% respectivamente. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se AIEC11 (2,0%), BPML11 (1,3%) e VINO11 (0,8%). Nas principais quedas, figuraram CACR11 (-2,7%), KORE11 (-1,8%) e TOPP11 (-1,7%).
Economia
Para hoje, agenda de indicadores econômicos relativamente vazia. Destaque para a decisão de taxa de juros de 1 e 5 anos da China.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)