Regra criada na gestão de Eduardo Cunha tende a garantir mandato de Eduardo Bolsonaro mesmo fora do Brasil; líderes partidários podem ter faltas abonadas pela Mesa Diretora
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(Brasília-DF, 16/09/2025) A decisão das lideranças bolsonarista de indicar o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) como líder da Minoria é uma clara estratégia para garantir a manutenção do mandato do filho do ex-presdiente Jair Bolsonaro que recebe faltas desde o fim do recesso parlamentar por estar fora do Brasil. A tendência é que ele perdesse o mandato por decisão da Mesa Diretora da Câmara assim que atingisse o limite de faltas não justificadas.
Confirmando-se que ele será o líder da Minoria ele poderá ter suas faltas abonadas pela condição de líder partidário ou de bloco.
Em março de 2025, na gestão do ex-presidente da Câmara, Eduardo Cunha, hoje aliado do bolsonarismo, a Mesa Diretora acatou uma questão de ordem da então deputada Mara Gabrilli, Terceira-Secretária, apresentou, extrapauta, uma questão a respeito da justificativa de ausência.
“O Senhor Presidente Eduardo Cunha retomou, extrapauta, a questão referente às justificativas de ausência, propondo que se estenda aos ex-Presidentes da Câmara dos Deputados a decisâo, já adotada por Mesas anteriores, de considerarjustificadas as ausências de registro no painel eletrônico nas Sessões deliberativas da Casa, em razão da natureza de suas atribuições. A Mesa Diretora resolveu, por unanimidade, acatar a sugestão, estendendo também, por proposta do Senhor Deputado Cláudio Cajado, ao
Procurador Parlamentar, ao Corregedor e ao Ouvidor-Geral.”, diz texto da ata da sessão de 5 de março de 2025.
Na prática, Eduardo Bolsonaro, poderá participar das votações, quando remotas na condição de líder. Não se sabe, ainda, quantas faltas, ele poderá ter abonadas, mas pela decisão seriam todas elas.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Políica Real)