31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil o protagonismo ficará pela Pesquisa Mensal de Serviços de julho

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Por Política Real com agências
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 12/09/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos que os mercados globais estão em alta e no Brasil o protagonismo ficará pela Pesquisa Mensal de Serviços de julho.

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Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA recuam levemente (S&P 500: -0,1%; Nasdaq 100: -0,1%) após os índices renovarem recordes na véspera. O movimento ocorreu após dados mistos: o CPI de agosto veio levemente acima do esperado, mas as solicitações de seguro-desemprego surpreenderam em alta, no maior nível desde 2021, reforçando a expectativa de corte de juros na reunião do Fed da próxima semana.

Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,2%) após o BCE manter as taxas inalteradas. Dados mostraram que o PIB do Reino Unido ficou estagnado em julho, após alta de +0,4% em junho. Entre os destaques corporativos, Sabadell (-0,7%) rejeitou formalmente a oferta hostil do BBVA (-0,5%), enquanto Vestas recuou 4,3% após o governo Trump afirmar que não usará energia eólica offshore.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: +1,1%; CSI 300: -0,6%). As ações de Alibaba e Baidu dispararam em Hong Kong após notícias de que as empresas começaram a usar chips próprios para treinar modelos de inteligência artificial, reduzindo a dependência da Nvidia. No Japão, o Nikkei 225 subiu 0,9%, renovando recorde histórico.

Economia

Nos EUA, o CPI veio em linha com as projeções, acelerando para 0,3% MoM (2,9% YoY) no índice cheio e 0,3% MoM (3,1% YoY) no núcleo, atingindo o maior nível em sete meses. Porém, os pedidos semanais de seguro-desemprego subiram para 263 mil, o maior em quatro anos, reforçando sinais de enfraquecimento no mercado de trabalho. Isso consolidou apostas de cortes de juros pelo Fed nas três reuniões de 2025, beneficiando moedas emergentes e ativos de risco. Na Europa, o BCE manteve a taxa de depósito em 2,0%, com Christine Lagarde adotando tom duro sobre a inflação e descartando cortes próximos, o que valorizou o euro.

IBOVESPA +0,56% | 143.150 Pontos.  CÂMBIO -0,24% | 5,39/USD

Ibovespa

O Ibovespa fechou a quinta-feira em alta de 0,6%, renovando sua máxima histórica aos 143.151 pontos, encerrando o pregão acima da marca de 143.000 pontos pela primeira vez na história. Nos EUA, os destaques foram o CPI de agosto, que veio em linha com as expectativas, e os pedidos de seguro-desemprego, que surpreenderam negativamente. No cenário doméstico, o noticiário político ganhou protagonismo após a condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro e a divulgação de pesquisas apontando avanço na popularidade do governo. As vendas no varejo de agosto vieram em linha com o consenso, reforçando a perspectiva de desaceleração da atividade econômica ao longo do segundo semestre.

As ações do Magazine Luíza (MGLU3, +8,1%) subiram, e mantêm forte desempenho no mês (+22,1% em setembro). Na ponta oposta, Caixa Seguridade (CXSE3, -2,5%) recuou após o conselho de administração destituir o diretor-presidente da companhia.

Nesta sexta-feira, destaque para a pesquisa mensal de serviços de julho no Brasil e, nos EUA, os dados de expectativas de inflação e o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com leve abertura ao longo da curva. Nos Estados Unidos, os juros dos títulos soberanos fecharam em queda, pressionados pelos dados de seguro-desemprego, que vieram acima do esperado. No Brasil, o movimento externo não se sustentou ao longo da curva, diante do impacto do noticiário político. Com isso, na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,1bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,03% (+3,1bps); DI jan/29 em 13,22% (+2,9bps); DI jan/31 em 13,47% (+2,5bps). Os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram em 3,52% (-2,00bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,61% (-4,00bps). 

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou o pregão de quinta-feira estável, em um dia sem grandes eventos domésticos diretamente relacionados ao setor, após ter renovado sua máxima histórica na quarta-feira (10). Com isso, o índice acumula alta de 1,1% na primeira metade do mês e de 12,8% no ano.

Os fundos de papel foram o destaque da sessão, com avanço médio de 0,13%, mesmo diante de preocupações com os possíveis efeitos da deflação do IPCA de agosto sobre a distribuição de rendimentos. Já os fundos de tijolo registraram valorização média de apenas 0,06%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se RBFF11 (3,4%), BBIG11 (1,8%) e VIUR11 (1,6%). Nas principais quedas, figuraram TGAR11 (-1,7%), RECR11 (-1,5%) e VCJR11 (-1,2%).

No Brasil, as vendas no varejo ampliado caíram 2,5% YoY em julho, com setores sensíveis ao crédito enfraquecidos, enquanto segmentos ligados à renda se mantêm estáveis. Hoje, destaque para a sondagem ao consumidor da Universidade de Michigan nos EUA. No Brasil, o protagonismo ficará pela Pesquisa Mensal de Serviços de julho.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)