31 de julho de 2025
ECONOMIA

PIB DO BRASIL: Crescimento econômico no segundo trimestre avançou 0,4%, com destaque para os serviços e recuo na agropecuária

Em relação ao 2º trimestre de 2024, o PIB avançou 2,2%, com crescimento na Agropecuária (10,1%), na Indústria (1,1%) e nos Serviços (2,0%).

Por Política Real com assessoria
Publicado em
Veja o comparativo Foto: site do IBGE

(Brasília-DF, 02/09/2025) Na manhã desta terça-feira, 02, como já era esperado o IBGE divulgou o crescimento econômico no Brasil no segundo trimestre de 2025.

O PIB do Brasil variou 0,4% frente ao primeiro trimestre de 2025, na série com ajuste sazonal. Pela ótica da produção, houve alta nos Serviços (0,6%) e na Indústria (0,5%) enquanto a Agropecuária (-0,1%) não mostrou variação significativa.

O PIB totalizou R$ 3,2 trilhões no segundo trimestre de 2025, sendo R$ 2,7 trilhões referentes ao Valor Adicionado a preços básicos e R$ 431,7 bilhões, aos Impostos sobre Produtos líquidos de Subsídios. No mesmo período, a taxa de investimento foi de 16,8% do PIB, acima dos 16,6% do segundo trimestre de 2024. Já a taxa de poupança foi de 16,8%, superando os 16,2% do mesmo trimestre de 2024.

Em relação ao 2º trimestre de 2024, o PIB avançou 2,2%, com crescimento na Agropecuária (10,1%), na Indústria (1,1%) e nos Serviços (2,0%).

PIB varia 0,4% ante o primeiro trimestre de 2025

O PIB registrou variação positiva de 0,4% no segundo trimestre de 2025, frente ao primeiro trimestre de 2025, na série com ajuste sazonal. Os Serviços cresceram 0,6%, seguidos pela Indústria que avançou 0,5%. Já a Agropecuária teve variação negativa de 0,1%.

O desempenho positivo na Indústria se deve ao crescimento de 5,4% nas Indústrias Extrativas. Por outro lado, houve retração nas atividades de: Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-2,7%), Indústrias de Transformação (-0,5%) e Construção (-0,2%).

Nos Serviços, apresentaram crescimento: Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (2,1%), Informação e comunicação (1,2%), Transporte, armazenagem e correio (1,0%), Outras atividades de serviços (0,7%), Atividades imobiliárias (0,3%). Houve estabilidade no Comércio (0,0%) e variação negativa na Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (-0,4%).

O Consumo das Famílias (0,5%) cresceu. Por outro lado, o Consumo do Governo (-0,6%) e a Formação Bruta de Capital Fixo (-2,2%) tiveram queda ante o primeiro trimestre.

No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços subiram 0,7%, enquanto as Importações de Bens e Serviços caíram 2,9% em relação ao primeiro trimestre de 2025.

PIB cresce 2,2% frente ao 2º trimestre de 2024

Frente a igual período do ano anterior, o PIB cresceu 2,2% no segundo trimestre de 2025. O Valor Adicionado a preços básicos aumentou 2,4% e os Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios avançaram 1,4%.

A Agropecuária cresceu 10,1% em relação a igual período do ano anterior. Além de um bom desempenho da Pecuária, este resultado se deve, principalmente, a alguns produtos da lavoura que, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA/IBGE), divulgado no mês de agosto, têm safras significativas no segundo trimestre com crescimento na estimativa de produção anual e ganho de produtividade: milho (19,9%), soja (14,2%), arroz (17,7%), algodão (7,1%) e café (0,8%).

A Indústria cresceu 1,1%, tendo destaque as Indústrias Extrativas que avançaram 8,7%, devido ao aumento na extração de petróleo e gás, além da extração de minério de ferro. A Construção registrou variação positiva de 0,2%, corroborada pela variação negativa na produção e comercialização dos insumos típicos. As Indústrias de Transformação mostraram estabilidade (0,0%) no período, quando as altas em alguns setores (metalurgia, máquinas e equipamentos, química e têxtil) foram compensadas por quedas na fabricação de caminhões e ônibus, fabricação de coque e derivados de petróleo, na fabricação de alimentos e na indústria farmacêutica. Já Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos, por sua vez, caiu 4,0%, influenciada pela piora nas bandeiras tarifárias e pela queda no consumo total de energia.

O valor adicionado dos Serviços avançou 2,0%, ante o mesmo período do ano anterior, com resultado positivo em todos os setores: Informação e comunicação (6,4%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,8%), Outras atividades de serviços (2,7%), Atividades imobiliárias (2,2%), e Transporte, armazenagem e correio (1,3%) Comércio (0,9%), Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,2%).

No segundo trimestre de 2025, o Consumo das Famílias cresceu 1,8%, influenciado pelos aumentos na massa salarial real e no crédito disponível às famílias, bem como pelas transferências governamentais de renda às famílias. O Consumo do Governo (0,4%) também apresentou variação positiva em relação ao segundo trimestre de 2024.

A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 4,1% no segundo trimestre de 2025. Esta alta foi puxada pelo aumento da importação de bens de capital e, também, e do desenvolvimento de software.

As Exportações de Bens e Serviços e as Importações de Bens e Serviços cresceram 2,0% e 4,4%, respectivamente, no segundo trimestre de 2025. A expansão das exportações de bens é explicada, principalmente, pelos veículos automotores; extração de petróleo e gás; metalurgia; e máquinas e aparelhos elétricos. Os destaques na pauta de importações foram: produtos químicos; máquinas e equipamentos; produtos farmacêuticos; e máquinas e aparelhos elétricos.  

PIB acumula alta de 3,2% em quatro trimestres, frente ao mesmo período de 2024

O PIB acumulado nos quatro trimestres terminados em junho de 2025 cresceu 3,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores. Esta taxa resultou das altas de 3,0% no Valor Adicionado a preços básicos e de 4,2% nos Impostos sobre Produtos Líquidos de Subsídios. O resultado do Valor Adicionado nesta comparação decorreu dos seguintes desempenhos: Agropecuária (5,8%), Indústria (2,4%) e Serviços (2,9%).

Entre as atividades industriais, a Construção (3,6%), as Indústrias da Transformação (3,1%) e as Indústrias Extrativas (1,0%) tiveram expansão. Já a atividade de Eletricidade, gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-0,6%) recuou.

Todas as atividades de Serviços tiveram resultados positivos: Informação e Comunicação (6,8%), Outras atividades de serviços (4,0%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,3%), Comércio (2,9%), Atividades imobiliárias (2,7%), Transporte, armazenagem e correio (2,2%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (1,0%).

Na análise da despesa, a Despesa de Consumo das Famílias e a Despesa de Consumo do Governo cresceram de 3,4% e 1,0%, respectivamente. A Formação Bruta de Capital Fixo (8,3%) avançou pelo quarto trimestre consecutivo. No setor externo, as Exportações de Bens e Serviços apresentaram alta de 1,2%, enquanto as Importações de Bens e Serviços avançaram 12,8%.

No semestre, PIB cresce 2,5% frente ao mesmo período de 2024

No 1º semestre de 2025, o PIB cresceu 2,5% frete a igual período de 2024, com desempenho positivo na Agropecuária (10,1%), Indústria (1,7%) e nos Serviços (2,0%).

Entre as atividades industriais, as Indústrias Extrativas (4,5%), a Construção (1,8%) e as Indústrias de Transformação (1,3%) cresceram. Já a atividade de Eletricidade e gás, água, esgoto, atividades de gestão de resíduos (-1,2%) recuou.

Nos Serviços houve expansão de Informação e comunicação (6,7%), Atividades financeiras, de seguros e serviços relacionados (3,0%), Outras atividades de serviços (2,6%), Atividades imobiliárias (2,5%), Comércio (1,5%), Transporte, armazenagem e correio (1,2%) e Administração, defesa, saúde e educação públicas e seguridade social (0,3%).

Na análise da demanda interna, considerando a comparação semestral, houve aumento de 2,2% na Despesa de Consumo das Famílias e 0,7% na Despesa de Consumo do Governo. A Formação Bruta de Capital Fixo cresceu 6,6%. No setor externo, houve crescimento tanto nas Exportações (1,6%) quanto nas Importações (9,0%) de Bens e Serviços.

( da redação com informações e textos de assessoria. Edição: Política Real)