31 de julho de 2025
BANCOS PÚBLICOS

ECONOMIA: BNDES informa que teve o segundo maior lucro do Sistema Financeiro Nacional, R$ 13,3 bilhões

O apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) apresentou forte expansão no primeiro semestre de 2025

Por Política Real com agências
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BNDES divulga o perfil dos investimentos por setores Foto: site do BNDES

(Brasília-DF, 21/08/2025) Na manhã desta quinta-feira, 21, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou seus resultados primeiro semestre de 2025.  Segundo o BNDES foi o segundo maior lucro do Sistema Financeiro Nacional, R$ 13,3 bilhões, resultado estável se comparado ao mesmo período de 2024.

No semestre, o volume de consultas, aprovações e desembolsos superou as marcas dos últimos cinco anos, com destaque para as aprovações de crédito e as operações garantidas, que registraram aumento de 56% em relação ao primeiro semestre de 2024, com injeção de crédito de R$ 129,6 bilhões, sendo R$ 72,8 bilhões em crédito e R$ 56,8 bilhões em garantias. Em relação a 2022, o aumento foi de 285%.

Os maiores crescimentos em aprovações de crédito foram para a indústria, alcançando R$ 18,1 bilhões, alta de 24% sobre 2024 e de 220% sobre 2022, e para a agropecuária, com R$ 17 bilhões, avanço de 20% em relação a 2024 e de 262% sobre 2022. O crédito aprovado para o setor de comércio e serviços somou R$ 13,5 bilhões (alta de 18% sobre 2024 e de 124% sobre 2022) e para a infraestrutura foi de R$ 24,2 bilhões (queda de 8% sobre 2024, mas alta de 53% sobre 2022).

“Vocês se lembram que, alguns semestres atrás, falamos que aqui no BNDES a indústria tinha ultrapassado em aprovações o crédito rural, e isso vem se consolidando: mais um semestre, a indústria está lá com R$ 18,1 bilhões e a agropecuária com R$ 17 bilhões", afirmou o diretor Alexandre Abreu. “Ou seja, o BNDES realmente é um banco bem forte na indústria, sem que a agropecuária tenha tido um desempenho ruim. Muito pelo contrário, nós crescemos aí de 2022 para cá, 262%”.

Os resultados foram divulgados hoje na sede da instituição, no Rio, com a participação do presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, e dos diretores Alexandre Abreu (Financeiro), Helena Tenório (Pessoas, TI e Operações), José Luís Gordon (Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior), Luciana Costa (Infraestrutura e Mudança Climática), Maria Fernanda Coelho (Crédito Digital para MPMEs e Gestão do Fundo Rio Doce) e Tereza Campello (Socioambiental).

O apoio a micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) apresentou forte expansão no primeiro semestre de 2025. As garantias prestadas por fundos garantidores em operações realizadas por agentes financeiros alcançaram R$ 56,8 bilhões, enquanto as aprovações de crédito somaram R$ 32 bilhões, totalizando o volume de R$ 88,8 bilhões de apoio a estas empresas, aumento de 92% comparado ao primeiro semestre de 2024.

O volume dos desembolsos do BNDES alcançou R$ 54,6 bilhões no semestre, aumento de 11% em relação ao mesmo período de 2024 e de 63% sobre 2022, garantindo a continuidade do crescimento da carteira expandida. As consultas aumentaram 7% em relação ao primeiro semestre de 2024 e 164% sobre 2022, totalizando R$ 133,2 bilhões.

“Temos neste momento 1,8% do PIB em aprovação, 1,1% em desembolso”, observou o presidente Aloizio Mercadante. “São quatro anos para a aprovação virar o desembolso. Então a tendência é que o desembolso chegue a 1,8% em quatro anos. Mas como estão crescendo as consultas e as aprovações, provavelmente nós vamos chegar acima disso em 2028”.

Mercadante ressaltou que o Banco tende a crescer de forma mais ainda expressiva. “Neste ano, por exemplo, tivemos um crescimento importante do Plano Safra. Tivemos uma novidade que é o Fundo Rio Doce, que são recursos não reembolsáveis, mas que são relevantes e vão crescer ao longo dos anos”, avaliou.

O presidente destacou ainda o protagonismo do Banco em situações adversas. “Tivemos um papel decisivo naquela grave tragédia do Rio Grande do Sul e estamos concluindo todo o programa de crédito emergencial para socorro às empresas que foram impactadas pelo tarifaço”, anunciou. "O BNDES vai agir para poder o Estado brasileiro ser solidário em relação a essas empresas, manter o nível de emprego e poder superar essa adversidade, até que a gente consiga ter uma mesa de negociação comercial capaz de reverter”.

( da redação com informações da Ag. BNDES. Edição: Política Real)