31 de julho de 2025
MERCADOS

Mercados, bolsa e dólar, se recuperam após a crise da dúvida gerada pelo STF; Hoje, BC divulga reunião do Comef que aponta que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está preparado para enfrentar a materialização de risco de crédito

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Por Política Real com agências
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Mercados hoje. Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 20/08/2025). Nesta quarta-feira, 20, depois da crise nos mercados face decisão do ministro Flávio Dino, do STF, que gerou dúvidas no Mercado, o Ibovespa teve um dia de recuperação e fechou em alta enquanto o dólar recuou.

O principal índice da B3 avançou 0,17%, aos 134.666. A moeda americana, por sua vez, caiu 0,48%, negociada a R$ 5,47 depois de avançar a R$ 5,50 na sessão anterior.

O movimento da véspera ocorreu depois de o governo dos Estados Unidos contestar a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, de que normas jurídicas de outros países não teriam aplicação automática no Brasil.

Embora a tensão entre Estados Unidos e Brasil siga no radar dos investidores, abriu-se espaço para uma recuperação do Ibovespa e do real.

No exterior, os principais índices americanos continuam pressionados pela queda das gigantes de tecnologia em Wall Street, à medida que investidores realizam lucros.

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Nesta quarta-feira, 20, o Banco Central divulgou que foi realizada reunião do Comitê de Estabilidade Financeira (Comef),  O Comef publicará a ata da 62ª reunião no dia 27 de agosto de 2025 às 8h00. O Comef voltará a se reunir ordinariamente em 18 e 19 de novembro de 2025.

Em sua 62ª reunião, o Comef manteve o Adicional Contracíclico de Capital Principal relativo ao Brasil (ACCPBrasil) em 0% (zero por cento), fixado pelo art. 3º da Circular nº 3.769, de 2015. A decisão seguiu os princípios e objetivos do Comunicado nº 30.371, de 30 de janeiro de 2017.

O Comitê considera que o Sistema Financeiro Nacional (SFN) está preparado para enfrentar a materialização de risco de crédito. As provisões para perdas de crédito e os níveis de liquidez e de capital dos bancos se mantêm adequados. Diante da reduzida exposição cambial e da pequena dependência de funding externo, a exposição do SFN a flutuações financeiras originadas no exterior é baixa.

O crescimento do crédito desacelerou tanto no sistema financeiro quanto no mercado de capitais, em linha com a moderação de crescimento observada na atividade econômica. Entretanto, o ritmo de crescimento do crédito segue historicamente elevado, apesar das condições financeiras mais restritivas.

Na visão do Comitê, o cenário, caracterizado por taxa básica de juros contracionista e pelos níveis atuais de inadimplência, comprometimento de renda e endividamento das famílias, bem como pelo endividamento das empresas, requer cautela e diligência adicionais na concessão de crédito, tanto na qualidade dos empréstimos quanto no apetite ao risco.

Os bancos em geral mantêm voluntariamente capital e liquidez em níveis superiores aos requerimentos prudenciais. A suficiência do capital e liquidez é atestada por análises e testes de estresse. Os testes são avaliados nas reuniões do Comef e divulgados em sua Ata e no Relatório de Estabilidade Financeira (REF). O Comef recomenda que as entidades supervisionadas persistam com a política de gestão prudente de capital e de liquidez em virtude das incertezas econômicas e da conjuntura.

O Comef acompanha as condições financeiras internacionais, com atenção particular para as consequências da trajetória das políticas monetária e fiscal das economias avançadas, do reposicionamento das políticas comerciais, dos movimentos de reprecificação de ativos financeiros globais e dos eventos geopolíticos.

Assim, considerando as condições financeiras, os preços dos ativos e as expectativas quanto ao comportamento do mercado de crédito, o Comef considera apropriado manter o ACCPBrasil em 0% (zero por cento).

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)