31 de julho de 2025
MERCADOS

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em sinais mistos e no Brasil ainda se avalia o setor de serviços

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Por Política Real com agências
Publicado em
Sinais mistos do mercado Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF,15/08/2025).  A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos  apontando que os mercados globais estão em sinais mistos e no Brasil, sem grandes índices, o mercado ainda avalia os números dos serviços no país.

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Mercados globais

Nesta sexta-feira, os futuros nos EUA operam mistos (S&P 500: +0,1%; Nasdaq 100: -0,1%) enquanto o mercado caminha para encerrar mais uma semana de ganhos. O avanço é impulsionado pela alta de 12% da UnitedHealth, após Berkshire Hathaway e Scion Asset Management revelarem compra de ações. Além disso, Intel sobe mais de 3% após reportagem indicar discussões para o governo dos Estados Unidos assumir participação na empresa.

Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,3%), com todos os principais índices no positivo. Como  destaque, Pandora recua -12,7% após divulgar balanço do 2T25, citando impactos negativos de câmbio, tarifas e preços de commodities. A empresa projeta perdas diretas de 200 milhões de coroas dinamarquesas em 2024 devido às tarifas dos Estados Unidos e avalia medidas de mitigação.

Na China, os mercados fecharam mistos (HSI: -1,0%; CSI 300: +0,7%) após dados econômicos de julho virem abaixo das expectativas. As vendas no varejo cresceram 3,7% A/A (consenso: +4,6%), a produção industrial avançou 5,7% (consenso: +5,9%) e o investimento em ativos fixos subiu 1,6% no acumulado do ano (consenso: +2,7%), com destaque para a queda de 12% no investimento imobiliário.

Economia

Nos Estados Unidos, os juros fecharam em alta após surpresa no PPI de julho, que subiu 0,9% M/M, aumentando preocupações com os efeitos inflacionários das tarifas de importação. O mercado aguarda dados de atividade econômica de julho, com expectativa de avanço de 0,6% nas vendas no varejo e estagnação na produção industrial, além de dados de preços de importação e confiança do consumidor em leve alta.

Na China, dados recentes mostram desaceleração na produção industrial (5,7% A/A), vendas no varejo (3,7% A/A) e investimentos em ativos fixos (1,6% A/A), todos abaixo das expectativas, enquanto a taxa de desemprego subiu para 5,2%. O impacto das tarifas dos EUA parece começar a afetar os indicadores chineses.

IBOVESPA -0,24% | 136.356 Pontos.  CÂMBIO +0,32% | 5,42/USD

Ibovespa

O Ibovespa fechou a quinta-feira (14) em queda de 0,2%, aos 136.256 pontos, pressionado pelo recuo de ações de grande peso no índice. Petrobras (PETR4 -1,3%) caiu mesmo diante da alta do petróleo (+1,9%), enquanto Vale (VALE3 -1,2%) acompanhou a queda do minério de ferro (-2%). No campo político, Donald Trump voltou a criticar a relação comercial entre Brasil e Estados Unidos, classificando-a como “horrível”.

O principal destaque positivo do dia foi Hapvida (HAPV3, +8,3%), repercutindo a divulgação dos resultados do 2T25 da companhia (veja aqui o comentário dos nossos analistas). Por outro lado, Raízen (RAIZ4, -12,5%) recuou, também após os resultados do 2T25, em mais um trimestre desafiador marcado por aumento da alavancagem da companhia (veja aqui mais detalhes).

Para o pregão desta sexta-feira (15), destaque para os dados de produção industrial e vendas do varejo referentes a julho nos EUA.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com a curva próxima da estabilidade. No Brasil, mesmo diante da pressão exercida pelo cenário externo, a curva de juros apresentou pouca variação. A Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) registrou avanço de 0,3% M/M em junho, superando as projeções do mercado (0,0% M/M), o que reforça a resiliência da atividade doméstica, mas em um ritmo moderado. Ainda assim, o movimento não foi suficiente para alterar significativamente os prêmios da curva. O Tesouro realizou o terceiro maior leilão de prefixados do ano, com elevada demanda e aceitação quase integral. Nos Estados Unidos, o Índice de Preços ao Produtor (PPI) de julho avançou 0,9% M/M, bem acima das expectativas do consenso (0,2% M/M). O dado surpreendente levou os investidores a revisarem suas apostas para a próxima decisão de política monetária do Federal Reserve (Fed): a probabilidade de manutenção da taxa de juros em setembro subiu de 0,0% em 13 de agosto para 7,3% ao fim do pregão do dia 14. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,73% (+5,7bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,29% (+4,5bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,89% (+0,5bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,95% (+1,7bp); DI jan/29 em 13,14% (-1,1bp); DI jan/31 em 13,41% (-1,7bp).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira em alta de 0,27%, após três quedas consecutivas. Os fundos de tijolo lideraram os ganhos na sessão, com valorização média de 0,45%, enquanto os fundos de papel registraram avanço médio de apenas 0,02%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se BLMG11 (2,9%), BROF11 (1,8%) e TGAR11 (1,8%). Já as principais quedas foram HCTR11 (-1,2%), FATN11 (-0,9%) e CACR11 (-0,9%).

No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 0,3% em junho, marcando o quinto ganho consecutivo e avanço de 1,1% no segundo trimestre. Serviços ligados às famílias caíram em junho, mas devem se recuperar com mercado de trabalho aquecido e alívio da inflação. O setor de serviços cresce moderadamente, enquanto indústria e varejo apresentam desempenho mais fraco, levando a revisões para baixo no crescimento do PIB, agora projetado em 0,2% no trimestre e 2,2% para 2025.

( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)