31 de julho de 2025
PESQUISA

Segunda edição do Sondagem de Mercado de Trabalho, da FGV-IBRE, trata da proteção social; 58,2% dos pesquisados não tem não tem acesso a programas do governo ou benefícios sociais

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Por Política Real com assessoria
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Veja um dos quadros da pesquisa da FGV-IBRE Foto: Imagem do site da FGV-IBRE

(Brasília-DF,15/08/2025). Na manhã desta sexta-feira, 15, o FGV-IBRE divulgou a sua Sondagem do Mercado de Trabalho referente a julho de 2025.

A segunda edição dos Indicadores de Qualidade do Trabalho da Sondagem de Mercado de Trabalho do FGV IBRE, aborda o tema da proteção social.

Foram tratados dois temas: a percepção do trabalhador sobre o acesso a programas de proteção social caso perca seu principal trabalho ou fonte de renda; e a percepção deles sobre o grau de proteção social no país com base em sua experiência pessoal.

O resultado do primeiro quesito, com dados do trimestre findo em julho de 2025, mostra que a maioria dos respondentes (58,2%) afirma não ter acesso a programas do governo ou benefícios sociais caso perca sua principal fonte de renda ou trabalho, enquanto 41,8% deles teriam acesso.

No segundo quesito deste tema os respondentes foram chamados a indicar como se sentiam com relação ao próprio grau de proteção social caso perca sua principal fonte de renda atual. Eles podiam responder se sentiam que i) estavam protegidos, ii) desprotegidos ou iii) parcialmente desprotegidos. A opção mais citada foi a intermediária, em que 39,7% dos respondentes se sentiam parcialmente desprotegidos sobre o nível de proteção social disponível em caso de perda do emprego e/ou da sua principal fonte de renda. Em seguida, 32,4% se sentiam desprotegidos e 27,9% protegidos.

“Em relação ao tema da proteção social, nota-se que, apesar da evolução positiva dos últimos anos, ainda existem questões estruturais no mercado de trabalho brasileiro. A maioria das pessoas afirma não ter acesso a programas do governo em caso de perda do trabalho, algo que parece ter relação com a elevada taxa de informalidade observada no país. Esse número é ainda maior entre pessoas com menor nível de renda, um fator de aumento da vulnerabilidade deste grupo de trabalhadores naturalmente menos favorecido.  Dado o recente aquecimento da geração de empregos, buscar políticas para evoluir em questões estruturais passa a ser uma agenda inevitável”, afirma Rodolpho Tobler, economista do FGV IBRE.

( da redação com informações e textos  de assessoria. Edição: Política Real)