DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e, no Brasil, expectativa para os números varejistas de junho e o pacote para compensações ao tarifaço de Donald Trump
Veja os destaques do dia
Publicado em
( reeditado)
(Brasília-DF, 13/08/2025). A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil expectativa da das vendas varejistas em junho e do pacote das compensações aos diversos setores econômicos face ao tarifaço de Donald Trump.
Veja mais:
Nesta quarta-feira, os futuros nos EUA operam em alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,2%), após sessão que levou o S&P 500 e o Nasdaq a novos recordes, impulsionados por dados de inflação mais fracos que o esperado. O Russell 2000 subiu quase 3% ontem, com expectativa de que empresas de menores se beneficiem de cortes de juros. O mercado aguarda o índice de preços ao produtor (PPI) na quinta-feira e o simpósio de Jackson Hole (21 a 23 de agosto) para calibrar expectativas sobre a próxima decisão do Fed.
Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,4%), acompanhando o otimismo externo. Entre os principais índices, o DAX sobe 0,7%, o CAC 40 avança 0,4% e o FTSE 100 registra alta de 0,3%. A temporada de resultados do 2T25 anima o mercado, com destaque para Renk, Weinerberger e Tui, que divulgaram seus números nessa manhã.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,8%; HSI: +2,6%). O Hang Seng Tech Index subiu mais de 2%, com destaque para Tencent Music (+16%) após resultados acima das estimativas, e para as altas de Sunny Optical (+5%), Bilibili (+4,77%) e Alibaba (+4,46%).
Economia
Nos EUA, o índice de preços ao consumidor subiu 0,2% em julho, em linha com as expectativas. Desse modo, a inflação permaneceu em 2,7% em termos anualizados, um pouco abaixo da projeção de 2,8%. Enquanto isso, o chamado núcleo do CPI – que exclui itens voláteis de alimentos e energia – avançou 0,3% em julho, o maior aumento desde janeiro, e 3,1% nos últimos 12 meses. Analistas de mercado destacaram a alta mensal de apenas 0,2% no núcleo da inflação de bens, sugerindo que o enfraquecimento da demanda vem restringindo a capacidade das empresas de repassar aos consumidores os custos mais altos com as tarifas. Dados recentes de emprego e inflação reforçam o cenário de que o Fed retomará o ciclo de corte de juros em setembro.
IBOVESPA +1,69% | 137.914 Pontos. CÂMBIO -1,06% | 5,39/USD
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira (12) em alta de 1,7%, aos 137.914 pontos, impulsionado pela divulgação do IPCA de julho, que veio abaixo das expectativas do mercado, e do CPI de julho nos EUA, em linha com as projeções e também favorecendo os mercados globais (S&P 500: +1,1%; Nasdaq: +1,3%). O resultado reforçou o otimismo em relação ao ciclo de afrouxamento monetário em ambos os países: a curva de juros doméstica fechou, especialmente nos vértices curtos, e a probabilidade de um corte de juros em setembro pelo Federal Reserve (Fed) subiu para cerca de 95%. O dólar encerrou na mínima do ano, a R$ 5,39 (-1%).
O destaque positivo do dia foi Sabesp (SBSP3: +10,6%), após a divulgação de sólidos resultados do 2T25 (veja mais detalhes aqui). Na ponta oposta, Natura (NATU3: -8%) recuou após também apresentar seus números do 2T25 (veja aqui o comentário dos nossos analistas).
Para o pregão desta quarta-feira (13), destaque para a Pesquisa Mensal de Comércio de junho no Brasil. Na agenda de resultados do 2T25, teremos Allos, Banco do Brasil, Bradespar, Cosan, Eneva, Equatorial Energia, Hapvida, Jalles Machado, Localiza, Mater Dei, Moura Dubeux, Porto Seguro, Positivo e SLC Agrícola. Por fim, pela temporada internacional de resultados, destaque para Tencent Holdings e Cisco Systems.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com forte fechamento nos vértices intermediários da curva. No Brasil, além da influência do cenário externo, a parte média da curva reagiu à divulgação do IPCA de julho abaixo do esperado (0,26% m/m vs. 0,35% m/m projetado pelo consenso), o que foi interpretado pelos investidores como um sinal de que o Banco Central pode iniciar cortes de juros ainda este ano. Nos EUA, o destaque foi, além da inflação ao consumidor de julho, a declaração de EJ Antoni, novo líder do Bureau of Labor, indicando que os dados de emprego americanos passarão a ser divulgados trimestralmente até que a metodologia seja revisada. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,73% (-4,2bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,29% (+0,5bp). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (-0,9bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,97% (-10,7bps); DI jan/29 em 13,13% (-6,1bps); DI jan/31 em 13,4% (-0,1bp).
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com queda de 0,19%, acumulando desvalorização de 0,72% no mês. Os FIIs de papel lideraram as perdas na sessão, com recuo médio de 0,2%, enquanto os fundos de tijolo registraram queda média de 0,03%. Entre as maiores altas do dia, destacaram-se SPXS11 (2,7%), TVRI11 (1,6%) e BPML11 (1,2%). Já as principais quedas foram CCME11 (-2,0%), BLMG11 (-2,0%) e LVBI11 (-1,8%).
No Brasil, o IPCA veio consideravelmente abaixo das estimativas. A inflação recuou de 5,35% para 5,23% nos últimos 12 meses. Houve surpresas baixistas disseminadas entre os principais grupos de preços, com destaque ao alívio em alimentos e bens industriais. Em termos anualizados e com ajuste sazonal, a média dos núcleos de inflação recuou de 4,8% para 4,4%, o menor patamar desde outubro de 2024. Consequentemente, revisamos nossa projeção para a inflação de 2025, de 5% para 4,8%.
Hoje, a agenda doméstica traz a divulgação das vendas varejistas em junho. Ademais, o governo federal deve anunciar o plano de contingência para apoiar os setores e empresas mais afetados pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos.
( da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)