31 de julho de 2025
ECONOMIA

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem grandes índices relevantes, mercado deverá reagir os números do lucro da Petrobras

Veja mais números

Por Política Real com assessoria
Publicado em
Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 08/08/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta. Não serão divulgados índices relevantes nesta sexta-feira, mas o mercado vai avaliar o resultado da Petrobras divulgada após o fechamento do mercado. Ontem, resultados da Eletrobras animaram o setor.

Veja mais:

Mercados globais

Nesta sexta-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,3%), após o Dow Jones registrar sua segunda queda nos últimos três pregões. Apesar da volatilidade da véspera, o foco segue sobre as tarifas de Trump, cujas medidas “recíprocas” entraram em vigor à meia-noite, com alíquotas elevadas para países como Síria, Laos e Mianmar. O mercado também reagiu positivamente à exclusão de empresas que “estão construindo nos Estados Unidos” da tarifa de 100% sobre chips, o que beneficiou ações de tecnologia. Hoje, investidores acompanham resultados de Under Armour, AMC Networks e Wendy’s.

Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: +0,3%), com destaque para o setor de turismo e lazer. O mercado também repercute o corte de 25bps da taxa básica do Reino Unido, para 4%, decidido por margem apertada (5 a 4), e os comentários do presidente do Banco da Inglaterra, Andrew Bailey, sobre os desafios trazidos pela inflação, mercado de trabalho enfraquecido e incertezas tarifárias globais.

Na China, os mercados fecharam em queda (CSI 300: -0,2%; HSI: -0,9%). Investidores reagiram às perdas de ontem nas bolsas americanas e à implementação das tarifas norte-americanas sobre países asiáticos, o que renovou preocupações com cadeias de suprimento e crescimento regional. Em sentido oposto, o Japão foi destaque de alta, com o Nikkei subindo 1,85%, impulsionado por bons resultados de empresas do país.

Economia

O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) reduziu sua taxa básica de juros de 4,25% para 4%, conforme esperado pela maioria do mercado. No entanto, quatro entre os nove membros do Comitê de Política Monetária votaram pela manutenção dos juros, devido a preocupações crescentes com a inflação. As visões contrastantes entre os membros levaram a duas votações pela primeira vez na história. O banco central repetiu a sinalização de “uma abordagem gradual e cuidadosa” adiante, sugerindo que a série de cortes de juros pode estar perto do fim.

Nos Estados Unidos, o noticiário destacou ontem a indicação de Stephen Miran pelo Trump para ocupar o lugar de Adriana Kugler na Diretoria do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), após sua renúncia comunicada na semana passada. Miran, atualmente o principal assessor econômico da Casa Branca, deve cumprir o final do mandato que caberia a Kugler enquanto Trump busca um nome definitivo para a vaga.

IBOVESPA +1,48% | 136.528 Pontos.   CÂMBIO -0,74% | 5,42/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou o pregão de quinta-feira (7) em alta de 1,5%, aos 136.528 pontos, impulsionado por balanços positivos do segundo trimestre de 2025 (2T25), com destaque para Eletrobras (ELET3 +9,5%; ELET6 +9,6%), Smart Fit (SMFT3 +7,8%) e Cogna (COGN3 +5,3%). O dia foi positivo para os ativos locais, com o dólar se desvalorizando 0,7%, para R$ 5,42, e a curva de juros fechando. No cenário internacional, o presidente norte-americano Donald Trump nomeou Stephen Miran como novo diretor do Federal Reserve (Fed), em um “mandato tampão” até janeiro de 2026.

O principal destaque positivo do dia foi Eletrobras (ELET3, +9,5%; ELET6, +9,6%), repercutindo a divulgação de resultados do 2T25, que vieram melhores do que o esperado (veja aqui mais detalhes). Na ponta negativa, temos Minerva (BEEF3, -5,1%) que caiu apesar de um resultado considerado melhor do que o esperado pelos nossos analistas (veja aqui o comentário). Para o pregão desta sexta-feira (8), o CPI de julho na China fica no radar dos investidores. Pela temporada de resultados do 2T25, teremos M. Dias Branco.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com fechamento ao longo da curva, especialmente nos vértices mais longos. No Brasil, o movimento de queda foi impulsionado por comentários do diretor de Política Monetária do Banco Central, Nilton David, que reconheceu melhora nas expectativas de inflação, apesar de ter enfatizado a necessidade de cautela da autoridade monetária. Além disso, um leilão pequeno do Tesouro de prefixados local apoiou o movimento de alívio. Nos EUA, as Treasuries subiram após o leilão de US$ 25 bilhões em títulos de 30 anos ter baixa demanda. A alta foi parcialmente compensada nos vencimentos curtos, em meio a especulações sobre a sucessão de Jerome Powell no comando do Fed. Com isso, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,73% (+1,63bps vs. pregão anterior), enquanto os de 10 anos em 4,25% (+2,71bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,9% (- 0,9bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,1% (- 4,3bps); DI jan/29 em 13,26% (- 10,4bps); DI jan/31 em 13,46% (- 13,2bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) interrompeu a sequência de quatro quedas consecutivas e encerrou a quinta-feira em alta de 0,18%, impulsionado pelo forte fechamento da curva de juros. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho positivo na sessão, com altas médias de 0,04% e 0,10%, respectivamente. As maiores altas do dia foram CCME11 (2,4%), JSRE11 (2,1%) e HSML11 (2,1%), enquanto as principais quedas ficaram por conta de DEVA11 (-4,0%), RBRP11 (-3,2%) e GZIT11 (-1,5%).

(da redação com informações de assessoria. Edição: Política Real)