REAÇÃO: Eduardo Bolsonaro agradece Donald Trump e Marco Rubio pelas sanção em Alexandre de Moraes; confira reações a favor e contra a decisão
No Instagram, o ministro do STF Flavio Dino expressou sua solidariedade a Moraes
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(Brasília-DF, 30/07/025). Na tarde desta quarta-feira, 30, após o anúncio pelos Estados Unidos de sancionar com da Lei Global Magnitsky o ministro do Supremo Tribunal Alexandre de Moraes, o deputado federal, licenciado, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) publicou um vídeo nas redes sociais agradecendo ao governo americano pela medida.
"Eu queria aqui agradecer ao presidente Trump, ao secretário de Estado Marco Rubio e a todas as autoridades do Executivo e do Legislativo que se envolveram diretamente nessa tomada de decisão, reconhecendo e tendo a sensibilidade de olhar para o Brasil e entender as diversas violações de direitos humanos em curso", disse Eduardo, no vídeo.
"Quando me exilei aqui nos Estados Unidos, eu deixei bem clara minha intenção de sancionar Alexandre de Moraes, porque entendia que no Brasil já não existiam mais meios de se lutar contra essa tirania", completou o filho de Jair Bolsonaro, dizendo ter hoje "a sensação de missão cumprida".
No Instagram, o ministro do STF Flavio Dino expressou sua solidariedade a Moraes.
"Minha solidariedade pessoal ao ministro Alexandre de Moraes. Ele está apenas fazendo o seu trabalho, de modo honesto e dedicado, conforme a Constituição do Brasil. E as suas decisões são julgadas e confirmadas pelo colegiado competente (Plenário ou 1ª Turma do STF)", escreveu Dino.
O dono da plataforma de compartilhamento de vídeos Rumble, Chris Pavlovski, agradeceu Trump e Rubio pelas sanções a Moraes. Em fevereiro, o ministro determinou o banimento da plataforma no escopo de investigações sobre o blogueiro de extrema-direita Allan dos Santos.
"Finalmente, temos um governo protegendo empresas americanas como a Rumble e a liberdade de expressão", escreveu Pavlovski no X.
"Dois anos atrás, nunca pensei que veríamos um dia como este, mas sou eternamente grato por estarmos aqui."
Parlamentares usaram as redes sociais para reagir à sanção contra Moraes.
Em um vídeo publicado no X, o deputado federal Lindbergh Farias (PT-RJ), líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, classificou o episódio como "lamentável e vergonhoso".
"O ataque ao ministro não é um ataque pessoal. É um ataque a um país, é um ataque a nossa soberania, a nossa democracia e ao poder Judiciário independente."
Ao comentar a sanção, a deputada federal Sâmia Bomfim (PSOL-SP) criticou a publicação de Eduardo Bolsonaro.
"Que vergonha um deputado federal conspirar contra o Brasil e comemorar a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro Alexandre de Moraes. Não bastasse operar a sanção de 50% sobre os produtos brasileiros. Até onde vai a sanha pela impunidade de seu pai?", publicou.
A ministra de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou que a sanção do governo Trump a Moraes é "um ato violento e arrogante".
"Mais um capítulo da traição da família Bolsonaro ao país. Nenhuma Nação pode se intrometer no Poder Judiciário de outra. Solidariedade ao ministro e ao STF. Repúdio total do governo Lula a mais esse absurdo."
Já os aliados de Jair Bolsonaro comemoraram a sanção.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) afirmou que a aplicação da Lei Magnitsky representa "um marco na denúncia internacional contra abusos de autoridade no Brasil".
"É simbólico, e contundente, que uma das maiores democracias do mundo tenha reconhecido os sinais alarmantes de autoritarismo vindos de nossa própria Suprema Corte, especialmente de Moraes. Esse movimento não surgiu do nada."
A deputada federal Carol de Toni (PL-SC), líder da minoria na Câmara, comemorou a aplicação da "lei americana mais dura contra violadores de direitos humanos" ao ministro. "Essa é a resposta internacional aos abusos, à censura e à perseguição política que o Brasil vive", disse.
Na mesma linha, o senador Carlos Portinho (PL-RJ), líder do partido no Senado, afirmou que, com a decisão, "o Brasil passa a ser visto como é: uma ditadura de toga".
"O Ministro Alexandre de Moraes se junta a lista de ditadores mundiais exposto pelos EUA. Sim. Democracia aqui não é! Numa Democracia há separação e equilíbrio entre Poderes".
( da redação com informações de assessoria e BBC. Edição: Política Real)