MERCADO

DESTAQUES DO DIA: Mercados globais em alta e no Brasil sem grandes índices em destaque

Veja os números do dia

Por Política Real com assessoria
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Mercados em alta Foto: Arquivo da Política Real

(Brasília-DF, 23/07/2025) A Política Real teve acesso ao relatório “Moorning Call” da XP Investimentos apontando que os mercados globais estão em alta e no Brasil não haverá divulgação de dados importantes, mas FGV divulga o seu IPC-S.

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Mercados globais

Nesta quarta-feira, os futuros dos EUA operam em alta (S&P 500: +0,4%; Nasdaq 100: +0,2%), impulsionados pelo anúncio de um novo acordo comercial entre EUA e Japão. Segundo Trump, o pacto prevê tarifas “recíprocas” de 15% sobre as exportações japonesas e inclui um investimento de US$ 550 bilhões no território americano. O anúncio ocorre às vésperas da chegada de delegações europeias a Washington, alimentando expectativas de um avanço nas negociações com a UE.

Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,1,2%), puxadas pelo setor automotivo (+3,5%) após o acordo EUA-Japão elevar o otimismo em relação à União Europeia. Montadoras como Porsche (+7%), BMW e Mercedes-Benz (+4%) lideram os ganhos, enquanto investidores acompanham de perto a visita de negociadores europeus a Washington nos próximos dias.

Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: estável; HSI: +1,6%), com destaque para ações ligadas a infraestrutura e tecnologia, em semana marcada pela expectativa com os balanços de big techs. Alphabet e Tesla divulgam seus resultados hoje após o fechamento, sendo os primeiros da temporada entre as “Magnificent Seven”.

Economia

Informações sobre acordos comerciais envolvendo os Estados Unidos continuam dominando o noticiário econômico. Nesta terça-feira, o presidente norte-americano anunciou um acordo que sujeitará o Japão a uma tarifa de 15%, inferior aos 25% inicialmente propostos, mas acima da exigência de isenção de Tóquio. Enquanto isso, Estados Unidos e China devem se reunir novamente para prorrogar um acordo que mantém tarifas menores enquanto questões relacionadas a subsídios a exportações e outros temas continuam a ser discutidos. No Brasil, o relatório bimestral de avaliação de receitas e despesas descongelou R$ 20,6 bilhões em despesas, revertendo totalmente o contingenciamento graças a um aumento na arrecadação. Nossas projeções indicam que o governo deve cumprir a meta deste ano, mas há necessidade de um bloqueio adicional de pelo menos R$ 5 bilhões para o cumprimento do limite de despesas.

Na agenda do dia, teremos dados de vendas de casas usadas nos Estados Unidos, confiança do consumidor na Zona do Euro e o índice de gerentes de compras (PMI) da S&P/Jibun bank do setor industrial, de serviços e compostos no Japão.

IBOVESPA -0,10% | 134.036 Pontos.  CÂMBIO +0,05% | 5,57/USD

Ibovespa

O Ibovespa encerrou a terça-feira em leve queda de 0,1%, aos 134.036 pontos. No cenário doméstico, o principal destaque foi a divulgação do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que liberou R$ 20,6 bilhões em despesas discricionárias no Orçamento de 2025.

 

As mineradoras, como Usiminas (USIM5, +7,1%) e Vale (VALE3, +2,6%), foram impulsionadas pela alta de 2,0% no preço do minério de ferro. Na ponta negativa, empresas do setor de varejo como Vivara (VIVA3, -3,5%) e Natura (NATU3, -2,8%) recuaram, enquanto os investidores aguardam pelos resultados do 2T25 das companhias — veja as prévias dos nossos analistas para Vivara e Natura.

Nesta quarta-feira, serão divulgados dados de vendas de casas nos EUA. No Brasil, a temporada de resultados do 2T25 começa com a divulgação do balanço da WEG. Por fim, no cenário internacional, teremos os balanços de Alphabet, NextEra, Rogers Communications e Tesla.

Renda Fixa

As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, os ministérios da Fazenda e do Planejamento divulgaram o Relatório de Avaliação de Receitas e Despesas, no qual anunciaram a reversão de R$ 20,7 bilhões em contingenciamentos. Com isso, a contenção orçamentária foi reduzida para R$ 10,7 bilhões. Apesar disso, a curva doméstica acompanhou o movimento global de fechamento dos juros, com queda impulsionada pelo fraco leilão de NTN-Bs. Nos Estados Unidos, o presidente Donald Trump reafirmou que Jerome Powell deve deixar a presidência do Federal Reserve em até oito meses e declarou que a taxa de juros americana deveria estar abaixo do atual intervalo de 4,25% a 4,50%. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,84% (-2,4bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,35% (-3,4bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,95% (- 0,9bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,25% (- 6bps); DI jan/29 em 13,47% (- 10,3bps); DI jan/31 em 13,68% (- 11bps).

IFIX

O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira com leve queda de 0,09%, acumulando desvalorização de 1,23% no mês de julho até o momento. Tanto os FIIs de papel quanto os fundos de tijolo registraram desempenho negativo na sessão, com recuos médios de 0,12% e 0,15%, respectivamente. As maiores altas do dia foram IRDM11 (2,9%), GARE11 (1,6%) e CACR11 (1,2%). Já as principais quedas ficaram por conta de RBFF11 (-2,0%), RZAT11 (-1,6%) e LIFE11 (-1,5%).

No Brasil não há indicadores relevantes nesta quarta-feira.

( da redação com informações de assessoria